Primeiro encontro caótico

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Era para ser uma one, mas lá vamos nós com uma fic um pouco maior, espero que gostem. Não esqueçam de favorita e comentar s2Boa leitura ;)



Pov Garro

Olho para o relógio passam do meio dia, o sol arde em meu braço aquecendo de forma insuportável a minha pele, coloco o óculos escuro e continuo a descer pelas escadas do jatinho, é minha primeira vez no Brasil e eu já estou odiando todo esse calor. Entro no carro executivo preto e agradeço pelo ar condicionado estar ligado, meu homem de segurança cutuca meu braço e só então me dou conta que o homem no banco do motorista está com a mão estendida em minha direção. Não costumo falar com motoristas tenho coisa mais importante com que me importar então pego meu celular no bolso do terno, mas o som que sai da garganta do homem ao meu lado me faz olhá-lo novamente.

''É ELE'' Ele diz como se fosse obvio. Olho melhor para o rosto do homem e sim se trata de RANIELE, o dono do RJ como chamam ele por aqui e pelo mundo.

Tiro meu óculos me deparando com o moreno no qual eu vim me encontrar para tratar de negócios.

''Te desapontei?'' pergunta ele com a voz rouca, movo meu corpo no banco de trás enquanto Romero ao meu lado deve estar rindo por dentro. Que mancada a minha começar assim o nosso encontro.

''Me desculpa, pensei que você fosse o motorista''

''Você é muito importante para ser levado por um simples motorista''

O moreno abre um sorriso intenso, seus olhos negros brilham na mesma intensidade do seu sorriso. Seguro em sua mão ainda estendida em um contato caloroso em meio ao meu constrangimento tento reverter a minha atitude de um minuto atras.

''É melhor a gente sair logo daqui'' o homem grande que está ao lado dele avisa quase como uma ordem.

O moreno acelera, tento expulsar o incomodo que sinto, eu não tive culpa dele ser o próprio a dirigir, imagino o que deve estar pensando de mim nesse exato momento, que sou um poço de egocentrismo e mal-educado.

Romero me olha de lado, parece preocupado com alguma coisa, eu o conheço a anos para saber que algo está errado. Engulo em seco estudando o local para o qual estão nos levando, mas não satisfeito questiono.

''Para onde estamos indo?'' sentindo um tom receoso saindo com a minha voz.

O moreno me olha pelo retrovisor fazendo meu corpo gelar ao não responder nada, voltando sua atenção para a direção, encaro Romero que parece pensar em algo, mas estamos em alta velocidade, abrir a porta e escapar seria loucura. Desvio meus olhos de forma discreta para o banco do carona, o negão alto está com uma arma sobre a coxa, isso não está me cheirando coisa boa. Sinto a arma que coloco sempre nas costas, analiso a situação e colocando a mão discretamente para trás pego-a levando diretamente para a nuca do motorista que desvia o carro um pouco da pista sendo pego de surpresa.

''Para esse carro agora!'' digo de forma bruta, o negão do lado dele aponta diretamente para a minha testa encostando o cano de forma dolorosa, mas não movo a arma da nuca do motorista.

''Rodrigo Garro, o que está fazendo?'' pergunta ele com sua voz rouca e provocadora.

''Mandei parar o carro.'' Digo autoritário, não me intimando com a arma em minha testa, ele não é louco de atirar, eu também estou com o dedo no gatilho e posso muito bem estourar os miolos do seu homem.

''Quer que eu pare em meio a pior rodovia do Rio para sermos pegos pela polícia?''

Engulo em seco pensando nas palavras do traficante.

''Manda ele tirar essa arma da minha testa''

''Carlos Miguel, pode recuar'' ele manda e o negão mesmo me encarando feio afasta a arma.

''Eu devia ter te revistado, pensei que estávamos em confiança''

Penso em algo para responder, mas prefiro ficar calado depois do que acabo de fazer. Encaro Romero que balança negativamente a cabeça, mas por que ele estava com aquele olhar preocupado?

''O que foi aquilo?'' sussurro perto dele.

''Tinha uma blitz policial, você não viu?'' Faço que não com a cabeça.

Guardo a arma novamente e em poucos minutos ele entra com o carro em um portão grande do que parece ser um sítio com muitas arvores ao redor, o sol ainda está brilhando forte lá fora, coloco novamente o óculos, e ao descer do carro ele pede que Miguel me mostre meu dormitório. Eu preciso mesmo de um bom banho agora.


Pov Raniele

Quando o marrentinho se afasta com Miguel, encaro Romero que sorri de forma gentil e um tanto encabulada.

''Desculpa, ele é meio paranoico.'' Ah se ele não fala, eu nem percebi.

Outro carro se aproxima trazendo as malas deles. Peço que Romero não se preocupe com isso e me siga para conhecer a casa. Os argentinos fazem a melhor mercadoria do momento e eu queria muito esse momento de união entre a gente, vai ser um ótimo negócio para ambos.

Pego um duas cervejas entregando uma ao braço direito do marrentinho que a abre e toma de gole em gole explorando ao redor com os olhos.

''Um belo lugar'' diz em português quase fluente.

''Fala bem o português?''

''Sim, meu irmão mora aqui e as vezes eu passo um tempo com ele.''

''Isso é ótimo''

''Sim, ajudou para estarmos aqui nesse momento'' já que foi o irmão dele que nos aproximou.

Eu só tinha falado com Garro uma vez pelo telefone, não entendo muito o espanhol, mas consegui desenrolar.

Romero termina sua cerveja e eu o levo para o quarto dele, sigo em direção ao meu e estou precisando de um banho de piscina depois de toda essa adrenalina nada como uma água bem fresquinha para relaxar. Visto uma sunga e ao passar pelo corredor dos quartos me deparo com Garro sentado na ponta da cama usando apenas uma toalha branca em sua cintura, deixando exposto seu peitoral branquinho e suas pernas saradas, ele mexe atentamente no celular e nem percebe minha presença. Arranho a garganta chamando sua atenção e funciona seus olhos claros brilham em minha direção, ele parece confuso a me ver usando apenas uma sunga.

''Gosta do que vê?''

O branquelo parece incomodado com minha pergunta e fecha a expressão me olhando como se estivesse irritado.

''Quando vamos falar de negócios? Eu não vim aqui a passeio'' essa doeu.

''Desculpa, mas eu não costumo vestir terno para falar de negócios.'' Acho que agora eu o ofendi que se levanta da cama e segue em minha direção sem desviar seus olhos dos meus, por um momento minhas pernas fraquejam, não consigo negar pra mim mesmo o quanto o acho sexy desde a primeira vez que ouvi sua voz no telefone, mesmo sem ter visto se quer uma foto dele.

''Somos mesmo muito diferentes, eu também não costumo dirigir, tenho homens que fazem isso pra mim''

Sorrio de forma arrogante.

''Amo dirigir, por isso prefiro eu mesmo fazer isso.'' Percebo que ele fica sem jeito, seu rosto está avermelhado pelo calor intenso que temos aqui no rio, principalmente nessa época do ano.

Ele fica em silencio parado da porta me olhando meio que sem jeito, por fim o marrentinho ficou sem graça.

''Podemos tomar um banho de piscina agora e tratar de negócios no almoço, ou você prefere tratar aqui de pé?''

''Está bien...'' por fim recua ele e eu venço.


Continua?

Me ApaixoneiOnde histórias criam vida. Descubra agora