Eres muy bueno motorista

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Pov Raniele

''Vai ficar de toalha?''

''Eu não trouxe sunga...''

Abro um sorriso ao perceber que embaixo da toalha esse homem não está usando nada, seu rosto cora além do normal e não é só por causa do calor.

Romero se aproxima, está vestido demais para quem veio pegar uma piscina com a gente.

''Garro temos que ir'' ele diz com a voz embargada pela preocupação.

''O que ouve?'' pergunto me metendo.

''Descobriram um dos nossos locais de fabricação, a gente precisa ir agora mesmo'' parece ser sério, então nem me oponho. Garro se levanta apressado.

''Precisam de alguma coisa?'' me ponho a disposição.

''Pode nos levar de volta para a pista?''

''Claro'' respondo ao Romero.

Após pegarem suas coisas eles entram no carro entrego um pacote com lanche que mandei fazer, eles devem estar com fome. Dirijo apressado, mas com cuidado para não causar suspeita. A pista é clandestina, mas há anos funciona muito bem e passa despercebida. O jatinho ainda está sendo abastecido, como as coisas aconteceram às pressas.

''Eres muy bueno motorista'' sorrio da forma que Garro finalmente me elogia. ''Gracias, voltamos assim que der.'' Ele me estende a mão, mas prefiro dar um abraço no pequeno que reage surpreso, mas não me impede, por um momento sinto o calor de seu corpo e seu cheiro delicioso, vou guardar na memória.

Ele sobe as escadas e após se acomodar no avião acena de forma gentil fazendo meu corpo sentir o que nunca senti antes por homem nenhum, normalmente é apenas sexo e pronto, mas com ele estou sentindo vontade de viver o resto da vida, isso sem ao menos ter provado um beijo seu.

''Tá caidinho por ele chefe'' ouço a voz de Miguel que soa por trás e não gosto nada de estar tão na cara assim.


Pov Garro

O voo de volta é longo, acabo pegando no sono e quando acordo Romero está me dando alguns tapinhas no rosto avisando que chegamos.

Entramos no carro e ao chegarmos no local meus olhos se enchem de lagrimas, muito sangue pelo chão, um pouco da mercadoria ainda espalhada, homens caídos por todo lado.

''Não foi a polícia'' um dos meus se aproxima segurando uma metralhadora.

''Quem fez isso?'' questiono com a voz embargada.

''Bem provável que Di Maria'' soco a mesa fazendo o som da minha irá ecoar pelo local.

'' O desgraçado não estava em Portugal?'' Romero questiona.

''Eu vou acabar com a raça dele!'' volto para o carro e de momento não nos resta muito a fazer a não ser limpar a área e cuidar para que a polícia não descubra nada disso, muito menos a imprensa.

Apesar de toda a situação estou faminto, então após um banho relaxante sento-me a mesa para comer. Tessa é uma bela jovem está comigo a anos, ela percebe que estou exausto e tenta me consolar com algum carinho no rosto. Digo que tive um dia muito difícil e que preciso descansar. ''Se precisar de mais alguma coisa estarei no meu quarto'' entendo o duplo sentido, mas hoje vou ficar apenas com o jantar dela que é sempre maravilhoso.

A tela do meu celular acende sobre a mesa, número desconhecido, penso em não atender, mas, acabo vencido pela curiosidade e ao ouvir a voz rouca de Raniele do outro lado meu coração se agita. Esse homem tem um ar misterioso e é cheio de surpresas, isso me encanta.

Me ApaixoneiOnde histórias criam vida. Descubra agora