Ele é meu

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Pov Raniele

Do banho fomos direto para a cama, Garro se entregando por completo e eu desesperado por sentir todas as coisas nem que seja mais uma vez. Ele se levanta após a segunda rodada de sexo quente e intenso, abrindo uma gaveta pega um cigarro e se aproxima da janela, até quero observar seu quarto, mas a visão de seu corpo nu é tão perfeita que fico preso nela.

''Não sabia que fumava'' não digo isso na intenção de puxar assunto, estou realmente surpreso.

Ele dá mais um trago e após soltar a fumaça pelo vidro aberto me olha com uma leve tristeza que me parte o coração. Me levanto da cama e me aproximo e mesmo sem conhecer tão bem esse lado do marrentinho o aperto em meus braços sentindo que ele precisa de um abraço agora. Sinto seu corpo relaxando aos poucos e ele respira mais leve enquanto acaricia meu braço com a ponta dos dedos.

''Eu sempre fui muito ingênuo para algumas coisas.'' Ele desabafa me deixando intrigado se está se referindo a isso que rolou entre nós.

Ouço passos e logo duas batidas na porta, pela voz é Romero chamando Garro, ele diz que não queria incomodar, mas é urgente. Garro coloca o que sobrou do cigarro no cinzeiro limpo que fica em cima da cômoda e veste uma bermuda abrindo em seguida a porta, me cubro como posso com o lençol ao ser surpreendido por outro homem invadindo o quarto e não se trata de Romero.

Engulo em seco quando o homem me encara e não parece nada amigável.

''Sabe que está aqui graças a mim não sabe Rodrigo Garro?'' ele diz enfiando o dedo na cara do menor. Sinto meu sangue ferver, ninguém mexe com o que é meu. Visto apressado minha boxer preta e me aproximo ficando entre os dois. Romero está armado na porta e eu não sei que merda está acontecendo.

''Não te devo nada Di Maria, você me deve'' Garro fala enquanto os dois se encaram.

''Vejo que está bem ocupado, a gente conversa depois.'' O narigudo sai esbarrando em Romero que por pouco não cai.

Garro está tão vermelho de raiva que prefiro ficar calado, sento-me na ponta da cama dando um tempo para que ele me explique o que está acontecendo, mas em vez disso ele me pede para deixá-lo sozinho.

Visto o resto de minhas roupas e sigo em direção a sala. Romero me olha e eu temo pedir explicações, eu não sou ninguém para me meter nos assuntos deles.

''Sei que não me interessa, mas... ''

''Você merece saber Raniele''

''O que eu mereço saber?''

''Eles tiveram um lance na época do colégio, Di maria foi o primeiro homem dele.''

''Ok, e o que ele faz aqui?'' tento manter a pose de durão, mas saber isso não é nada confortável para mim.

''Di Maria é meio fora da cazinha, para não dizer doido''

Fico sem saber o que pensar, muito menos dizer, mas dar um tempo para Garro agora é o que menos quero, não depois de tudo que acaba de rolar entre nós.

''Não sei se foi uma boa ideia te deixar vir nesse momento Raniele'' ele diz com um tom de preocupação em seu rosto.

Ignoro suas palavras e sigo em direção ao outro cômodo que por sorte é a cozinha, abro a geladeira pegando uma garrafa de água, embora eu precise algo mais forte agora fico com a água mesmo.

Ouço um grito vindo do quarto, corro até lá ouvindo Garro gritar e desabafar em meio a prantos, como se algo doesse muito dentro de sí.


Pov Garro

''Por que voltou?'' tento me acalmar, mas as lagrimas ainda rolam por meu rosto, ver esse homem me faz lembrar de tantas coisas ruins.

''Soube que está indo bem''

''Mérito meu não acha''

''Claro, mérito todo seu''

''E então que porra faz aqui!''

Di Maria se aproxima e tenta me tocar, mas eu não deixo.

''Tive uns imprevistos, preciso de um pouco de mercadoria.''

Tá explicado a invasão em um dos meus galpões.

''Já pegou o suficiente?'' questiono encarando-o e tento não derramar nem mais uma lagrima.

''Eu não queria ir embora assim''

''Não me surpreende Di Maria, você é sempre assim civilizado, não podia ter me pedido?''

''Na verdade eu não queria que soubesse que fui eu''

''Pra mim já deu ok? Vai embora, eu não quero mais olhar na sua cara''

''Ouviu ele? Vai embora'' Raniele entra me pegando de surpresa, ele estava ouvindo tudo?

''Quem esse preto pensa que é? Brasileiro de merda.'' Fecho a mão para dar um soco, mas Raniele me abraça por trás e beija meu rosto todo carinhoso.

''Já viu com seus próprios olhos, ele é meu''

Di Maria sorri de forma irônica e por fim sai me deixando respirar.

''Me desculpe por tudo isso'' peço receoso, Rani não merecia.

''Você não tem culpa de nada.''

Não sei se contar para ele do meu ex e turbulento romance vai ajudar.


Pov Romero

Di Maria passa por mim e diz que vai voltar, inferno! Tento apertar o gatilho quando o magrelo me dá as costas, mas não consigo.

Tessa se aproxima e parece apavorada.

''Ouvi Gritos, está tudo bem?''

''Sim, não se preocupe'' ela aperta meu corpo em um abraço apertado e não sei por que por um momento é bom sentir isso.

Horas mais tarde mando uma mensagem para Garro, a gente precisa conversar, mas quem responde é Raniele e diz que ele pegou no sono, em poucos minutos ele entra na cozinha e puxando uma cadeira senta-se frente a mim.

A gente conversa um pouco.


Pov Raniele

Volto para o quarto onde Garro ainda dorme como um anjo, o cubro melhor com uma manta e entro no chuveiro para relaxar um pouco.

''Ainda está aqui?'' ele diz com a voz rouca de sono. Viro meu rosto em sua direção, Garro está usando uma bermuda preta e nada mais o que o deixa extremamente sexy.

Abro um leve sorriso constrangido '' Quer que eu vá embora?''

Ele se aproxima e após responder com um não me beija levantando um pouco o corpo para ficar na minha altura. Agarro seu quadril e correspondo enquanto a água escorre por nossos corpos relaxando-nos.


***

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Me ApaixoneiOnde histórias criam vida. Descubra agora