cap. único

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Era exatamente 22:57 da noite de um sábado chuvoso, Maya e Esther, melhores amigas, após dias de combinação, resolveram passar a noite na casa de Maya. Seus pais haviam voltado para sua cidade natal, pois, tinham ido apenas visitar sua filha naqueles dias.

Para que não ficasse o final de semana sozinha, chamou Esther para que fizessem uma noite das garotas, onde elas, assistiriam filmes, comeriam coisas fora de sua rotina e dieta, e além de tudo isso, beberiam vinho.

Naquela noite particularmente tinha iniciado uma chuva intensa, deixando as garotas ainda mais felizes pois, existe algo melhor que vinho e chuva junto? Se tem, eu não conheço.

O filme que Maya havia preparado era um sobre romance lésbico, "Elisa y Marcela" é um filme espanhol que conta a história real de duas mulheres, Elisa Sánchez Loriga e Marcela Gracia Ibeas, que se apaixonam e decidem se casar no final do século XIX. Devido às restrições sociais da época, Marcela assume a identidade de um homem para que elas possam se casar. O filme retrata os desafios e dificuldades que enfrentam ao tentar manter seu relacionamento em segredo, bem como a luta pela aceitação e reconhecimento de sua união. É uma poderosa história de amor e determinação em meio a uma sociedade conservadora.

. . .

Ao se acomodarem na cama da garota com suas taças de vinho, a garrafa não muito distante, o filme foi iniciado. Era tudo muito explícito, mas cercado de assuntos interessantes nos quais devem ser falados diariamente publicamente.

Esther sempre foi muito fraca para bebidas, e com vinho tinto era difícil se controlar em certas ocasiões.

Aproximadamente na metade, a longa-metragem foi interrompida, causando certa perturbação na outra jovem, fazendo-a dirigir uma pergunta a outra:

— Por que pausou?

— Me deu vontade de algo, aliás, poderia colocar um pouco mais de vinho pra' mim, por favor, Mah?

Dizia já entregando a taça vazia para a garota da beirada da cama, que se levantou pegando a garrafa e assim, colocando o vinho diretamente na taça. Após voltar para a cama a entregou, que sorriu em agradecimento.

No instante em que o filme pudesse ser reiniciado, foi interrompida novamente, mas desta vez, com uma pergunta na qual a deixou pensativa, mas também tensa.

— Somos apenas amigas?

Não sabia o que responder, foi uma pergunta repentina que poderia ser interpretada de diversas maneiras.

— Além de amigas, irmãs, companheiras e...

— E o quê mais, Maya?

Maya pressente a aproximação da garota, deixando- um pouco mais tensa, talvez tivesse entendido a que ponto chegariam.

— Acho que, posso te responder de uma outra forma.

A taça rapidamente foi deixada sobre a mesa de cabeceira, logo, tirando a taça da mão de Esther, colocando junto com a outra.

Maya virou-se ficando de frente para Esther, que mantinha seus olhos pregados no de Maya, que levou a mão para o rosto da garota, assim, colando os lábios um no outro.

De início foi calmo, apenas uma troca de saliva, mas após suas respirações se estabilizaram, selaram novamente suas bocas, desta vez, dando passagem também para a língua de ambas, na qual dançavam animadamente durante o beijo.

Sem muita pressa, a mão de Maya descia devagar, causando arrepios em Esther, ao sentir a mão gélida percorrer seu corpo e parar em sua cintura, por baixo de sua blusa.

Sentiu seu corpo tendo um peso maior encima, Maya a deitou, ficando por cima, podendo assim, ter livre locomoção de suas mãos pelo corpo de Esther, quase que semi-nu. A roupa que ela usava era um pijama fino, sem preocupação de peças íntimas por baixo.

apenas amigas?Onde histórias criam vida. Descubra agora