Love Again

Cap. 2

Existe algo muito reconfortante na domesticidade. Conviver com alguém por mais de dez anos significa saber detalhes inimagináveis de uma outra pessoa, às vezes parecia que você conhecia seu parceiro mais do que você conhecia a si mesmo.

Jeongguk conhecia Jimin como a palma de sua mão.

O ômega franzia a sobrancelha enquanto batia a sola do pé no chão da cozinha e bufava exasperado, dizendo "Eu já falei que não é isso o que eu quero, alfa!".

Jeongguk respirou fundo, sabendo que a paciência era a chave para manter seu relacionamento feliz e saudável. No entanto, o alfa também sabia que uma hora ou outra chegaria no seu limite.

— Min-ah, são três horas da manhã! Me desculpa, mas não tem como eu sair pra comprar melão.

— Eu te odeio, — O ômega disse fazendo bico.

— Não, amor, você não me odeia. Agora, é melhor você comer o que tem porque—

— Seu filhote vai nascer com cara de melão e a culpa vai ser toda sua.

— Ômega, coma o sanduíche que eu fiz pra você e vamos pra cama descansar porque amanhã você vai precisar de energia.

— Não tô mais com fome.

— Jimin, não seja irresponsável. Se você está com fome, então coma! O bebê precisa se alimentar direito.

Jimin notou a seriedade com a qual Jeongguk proferiu essas palavras e acatou seu pedido. Toda vez que o ômega negligenciava sua alimentação ou sua saúde, seu alfa estava ali para ajudá-lo.

Jimin sempre se decepcionava quando Jeongguk o lembrava de como essas atitudes eram irresponsáveis porque lembrava do início da gravidez, quando ele lutava contra a anemia.

O ômega já estava com cinco meses de gravidez e, na humilde opinião de Jeongguk, Jimin era um ômega perigoso.

Perigosamente teimoso, perigosamente mandão e perigosamente atraente.

Quando eles não estavam implicando um com o outro como naquele momento, o casal estava fodendo. Nessa altura da gravidez, era normal que Jimin tivesse desejos, não só com relação à comida mas com sexo também.

Jimin não conseguia ficar dois dias sem transar. Seus hormônios aflorados tornava seu corpo tão sensível que era difícil não sentir tesão só de olhar para o corpo de seu alfa, exatamente como ele estava fazendo agora.

Enquanto comia seu sanduíche, o ômega percorria seu olhar pelos músculos à mostra de Jeongguk, sabendo exatamente como é senti-los na ponta de seus dedos.

Jeongguk usava uma calça larga de moletom cinza que deixava pouco pra imaginação. Jimin sabia que ele não usava cueca, era nítido. O ômega olhava tão fixamente para a virilha de seu marido, que, sem perceber, começou a salivar.

Jimin despertou de seus pensamentos com o som da risada de seu alfa.

— Sério? — Jeongguk se aproximou do menor que estava em pé em frente à bancada da cozinha enquanto ainda saboreava seu lanche. — Depois de quase arrancar meu pau por causa de um melão, agora você que chupar ele?

— Kookie...Não fala assim.

— Eu tô mentindo?

Jeongguk abraçou seu ômega por trás, enterrando seu nariz no pescoço dele. Suas mãos vagaram por debaixo da enorme blusa — que era dele por sinal — passeando pela barriguinha proeminente que servia de lembrete que ele tinha engravidado seu ômega, o que  enchia seu alfa de orgulho.

Era uma ideia tão surreal eles serem capazes de finalmente ter um filhote que a ficha só caiu quando a barriga do Jimin começou a aparecer.

Não só a barriga, como também todo o corpo do ômega começou a mudar. Seu cheiro estava mais atraente do que o normal, suas coxas mais grossa e seus seios...Jeongguk não conseguia parar de fantasiar sobre eles. O alfa não ia admitir nunca, mas estava aguardando ansiosamente para Jimin começar a lactar.