BEGIN AGAIN ✘ tayvis

capítulo um

CAPÍTULO UM

You're the only friend I need
Sharing beds like little kids
And laughing 'til our ribs get tough
— ribs, lorde

para kelceswift, elena da minha celine!

ᥫ᭡

taylor swift

A reunião foi marcada novamente no escritório de Celine no seu apartamento no Upper East Side.

Ponho minha digital na tranca eletrônica e começo a percorrer o corredores até o escritório, mas paro no meio do caminho ao ouvir risadinhas de bebê vindo da sala. Sou atraída pelos barulhos do meu afilhado imediatamente, andando em direção ao som.

Quando chego na sala me surpreendo por não ver Celine ou Simon com Theo, ao invés disso, tem um cara gigantesco sentado no tapete em meio a uma montanha de brinquedos infantis. Theo o entrega uma pecinha de montar, que praticamente desaparece na suas mãos, mãos que são delicadas ao extremo com Theo.

O som da risada dele faz meu olhar subir para o seu rosto, e nada me prepara para o sorriso amplo, adornado pela barba aparada e olhos azuis brilhantes.

— Ele é lindo né — Dou um pulo quando a voz de Simon chega em meus ouvidos.

— Ai que susto, caralho — Ponho a mão no peito, enquanto Simon se recosta no batente da porta, rindo.

— Meu chefe ali, jogador… bonito… gente boa… bom com crianças… — Ele junta os dedos e leva a boca em um beijo, num movimento de “chef's kiss” — Seu namorado.

— Você e sua família me arrastam pra cada uma — Reviro os olhos, e Simon ri novamente, os olhos indo em direção a cena em nossa frente. Travis e Theo estão imersos em uma brincadeira que envolve dinossauros, foguetes e torres sendo derrubadas, ocupados demais para perceber nossa presença.

— Existem coisas piores do que passar um tempo com Travis. Celine e eu nunca escolheríamos alguém que não fosse perfeito pra você.

— Perfeito, é uma palavra muito forte, eu acho. Já que vai ser tudo fingimento — Simon me olha com um semblante engraçado, como se ele soubesse algo que eu não sei. Não consigo não pensar no que aconteceu da última vez que achei que tinha achado alguém “perfeito” pra mim. Mas antes que eu pudesse questionar, Theo finalmente me vê por cima do ombro do padrinho.

— Didi! — Ele grita, e consegue dar vários passinhos antes de se desequilibrar e cair sentado no tapete.

Um sorriso idiota toma conta do meu rosto e eu vou ao encontro do meu afilhado, me agachando para receber seu abraço.

— Oi, meu príncipe! Que abraço apertado! — Ele me olha seus olhinhos cor de mel apertados por causa do sorriso que estampa seu rosto, suas covinhas aparecendo. Deus, eu poderia escrever um álbum inteiro sobre essas covinhas.

Ele desata a falar na sua língua própria, palavras que somente ele e às vezes Celine e Simon conseguem entender. Mas eu entendo quando ele pega minha mão e começa a me puxar para o centro do tapete, para seus brinquedos e Travis.

Theo em nosso meio continua a falar, explicando as regras de uma brincadeira que só ele sabe. E percebo como Travis presta atenção, olhos transbordando com uma reverência que eu sei que espelham os meus quando falamos do nosso afilhado. Quando ele me olha, um sentimento de cumplicidade passa por nós: compartilhamos o mesmo amor incondicional por essa criaturinha com roupas de dinossauro. Então quando ele sorri, não consigo não sorrir de volta.