BEGIN AGAIN ✘ tayvis

capítulo três

Ain't it funny? Rumors fly
-— blank space, taylor swift

ᥫ᭡

taylor swift

ELENA: EU S A B I A!!! vc não me engana
ELENA: a celine sabe oq faz né o mundo foi a loucura
ELENA: traz seu homem pro churrasco amanhã quero conhecer meu cunhado
ELENA: não existe churrasqueira em manhattan então vai ser na casa do dylan em staten island
ELENA: você sabe o endereço ;)

Olho as mensagens novamente enquanto espero Travis na rua lateral do hotel em que está hospedado. Suspiro, encostando minha cabeça no volante, lembrando do papel que terei que interpretar daqui pra frente. Um rubor de vergonha também toma meu rosto quando lembro o quão vulnerável me mostrei ontem, mas não seria justo deixar Travis entrar em algo sem saber das consequências.

No final, eu tive que consolar Celine que estava quase rasgando o contrato naquele momento. "Nada vale sua sanidade, Taylor" foi uma das coisas que ela me disse, e eu garanti a minha assessora que minha mente poderia ser minha maior inimiga, mas eu ainda sabia meus limites. Abracei ela com força agradecendo pela preocupação, e alguns minutos depois seu Instagram já ostentava uma foto que Simon tinha tirado de Travis e eu com Theo. A foto não tinha nada de especial, mas foi o suficiente para garantir matérias inteiras sobre, que coletavam informações sobre Travis e nossa possível relação.

E no auge do meu momento de auto piedade, não percebo Travis na lateral do carro até ele bater devagar no vidro insufilmado. Destravo a porta e ele entra sorridente, se sentando no banco do passageiro.

Ele usa uma camiseta branca e bermuda da mesma cor, e um boné vermelho, a pele corada com o clima quente de agosto. Correspondo seu sorriso, sentindo um peso sendo levantado do meu peito, todas as preocupações de minutos atrás substituídas pela presença de Travis. É tudo tão leve com ele, que tenho medo de me apegar até demais.

- Oi! - Ele diz quando entra no lado do passageiro e bate a porta - Tudo bem? - Travis pergunta, apontando pra mim.

Dou um pequeno sorriso e dou partida no carro, ligando o GPS que nos levaria para fora de New York e em direção a uma casa arejada em Staten Island, com churrasqueira - com certeza, e uma piscina enorme.

- Só pensando - Respondo por falta de uma explicação melhor, e trato de mudar de assunto, agradecendo mentalmente o fato de que eu precisaria focar na estrada e não no homem de olhos brilhantes e sorriso convidativo ao meu lado - Como foi a sua noite?

- Oh, muitas mensagens. Muitas ligações. Isso porque a foto não tinha nada demais - Ele abre um sorriso de canto - Imagina quando você aparecer em meus jogos. Acho que vai ser responsável pelo infarto da minha cunhada. Ela te ama.

- É tão inacreditável assim?

Dou risada quando vejo o olhar incrédulo que Travis me dá pelo retrovisor.

- Pra mim, com certeza.

- No meu caso, tenho vergonha de dizer que você foi bem objetificado por minhas amigas mais próximas.

- Eu amo ser objetificado. É pra isso que eu malho - Sinto o impulso de cobrir a boca com o tamanho da gargalhada que sai da minha boca, mas Travis me acompanha, o que faz ser difícil de deixar a piada morrer.

Paro no farol vermelho, o sorriso gentil que tenho nos lábios como herança da piada se estica, e eu olho para Travis, que tem a mesma expressão que eu no rosto. Seus olhos se enrugam quando ele ri, e ele parece relaxado olhando para os prédios do lado de fora da janela.