o começo...

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_Tá bom, eu vou começar a falar.- eu falei olhando para minhas mãos e tendo a certeza que o Minho conseguia escutar o meu coração bater de tão rápido e forte que estava.-

_Não, eu que preciso falar. Eu fui um merda com você e eu estou muito arrependido. Se eu tivesse te valorizado dês do dia em que ficamos juntos, estaríamos muito melhor do que estamos agora. Eu sempre fui uma pessoa difícil para relacionamentos e isso piorou depois do Jay... Mas isso não é justificativa para eu errar com você, Hannie. É impressionante como nosso corpo sabe das coisas né? Quando eu cheguei na escola, meus olhos só conseguiam notar você no meio daquela multidão e eu agradeço isso, pois eu consegui ver a obra prima que é o seu rosto e consegui ver o universo que existe em seus olhos...- eu não sabia que o Minho estava tão arrependido assim.- é isso que eu tenho para falar, sua vez.

_Eu senti muito, mas muito ódio de você!- falei e soltamos uma risada leve.- mas você foi um dos únicos a me conquistar de verdade. Acho que os merdinhas tem um ponto comigo sabe? E eu também errei... Eu estava com tanta raiva que nem deixei você se explicar, eu ignorei seus sentimentos e me importei só com o que eu estava sentindo. Eu fui um pouco egoísta e eu peço desculpas por isso... E desde que você chegou na escola, eu fiquei fascinado com a sua beleza... Eu fiquei louco para te conhecer e quando isso aconteceu, eu descobri que a sua alma é mil vezes mais linda que o teu rosto. E eu quero decidir o que nós temos agora, para não ter chance de acontecer a mesma coisa de antes.

_Você está certo, Hannie...- ele ficou pensativo e o quarto ficou em um silêncio enorme.- na minha opinião, a gente daria um ótimo casal. Eu só acho mesmo, o que você acha? Toparia?- abri um sorriso e o abracei fazendo nós dois nos deitarmos.-

_Eu aceito! Eu aceito demais! Eu te amo, Minho!- falei e dei vários beijinhos no seu rosto.-

_Eu também te amo, Hannie! E você vai parar de me chamar de merdinha?

_Vou, agora seu apelido vai ser amor.- ele me puxou para um beijo mais intenso e íntimo.-

Ele estava deitado na cama e eu estava sentado em seu colo enquanto nos beijávamos.

Minho passou suas mãos em minhas costas nuas e arranhou as mesmas me fazendo arfar entre o beijo.

Tudo estava mil maravilhas até escutarmos um barulho de algo quebrando lá embaixo e gritos da minha mãe.

Fomos até a cozinha correndo e parecia que meu coração ia sair pela boca. Chegando lá, minha mãe estava com a mão sangrando e tinha um copo quebrado no chão.

_Mãe, o que aconteceu?- perguntei me aproximando da mesma.-

_Eu derrubei o copo e acabei cortando minha mão, não precisa se preocupar.

_Aff! Eu pensei que você estava quase morrendo!- peguei um pano e molhei o mesmo para passar na mão dela.-

_Hm... Pelo visto estava bom né?

_Como assim, mãe?

_Ué, tem uns chupões no Minho e em você também... E tem um arranhão nas suas costas.- por que? Porque mães precisam ser assim?-

_Mãe! Esse tipo de coisa não se fala assim!- do nada meu pai entrou em casa e ficou encarando o Minho parecendo que queria matar ele.- pai! Onde o senhor estava?

_Eu? Eu estava na sua escola, pois me falaram que você matou aula!

_Não foi isso! Aconteceu um acidente com o I.N, aí eu e os meninos acompanhamos ele no hospital. Você sabe como ele não tem nenhum apoio familiar.

_E o que esse daí está fazendo aqui?

_Eu liguei para ele e ele veio. E não fale assim do Minho, ele é meu namorado.- falei orgulhoso e minha mãe ficou de boca aberta.-

_O QUE?! MEU BEBÊ ESTÁ NAMORANDO?!- minha mãe gritou animada enquanto dava pulinhos de alegria.-

_Não precisa gritar, mãe!

_Aah! Que felicidade! Eu falei que isso ia acontecer!- ela deu um beijo em minha bochecha e depois um beijo na bochecha do Minho.- por que está calado, amor? Não é maravilhoso isso?

_Maravilhoso?

_Minho, fica no meu quarto por favor... A gente precisa conversar.- falei e o mesmo foi até o meu quarto.- o que foi, pai? Desde quando você é homofóbico?- cruzei meus braços o encarando.- eu estou feliz com ele, você poderia apoiar isso?

_Homofóbico? Eu? Não é isso, filho.

_Então o que é?- minha mãe entrou na conversa.-

_Você também? Você já esqueceu de como o Minho fez o nosso filho sofrer? Foi uma semana inteira dele chorando em todas as noites até ficar ar, porque o Minho não estava falando com ele depois ter o beijado!

_Mas ele está arrependido!

_Han, você voltou a ter crises de ansiedade!

_Pai... Já chega! Eu amo ele ok?! E eu não me importo o que aconteceu antes, ele me ama também e ele mudou!

_Ok, seja feito de idiota mesmo! Mas quando esse menino te comer e te largar, não venha chorar para mim!- assim que meu pai falou, minha mãe deu um tapa em seu rosto.-

_Não fale do meu filho como se ele fosse uma puta! É o primeiro namorado dele, o apoie! E se der errado, a gente vai acolher ele sim!

_Nossa, pai... Eu falava tão bem de você para os meus amigos... Eu sempre achei que eu tinha sorte por você sempre me apoiar e me tentar fazer rir, mas eu estava errado.- minha voz saiu trêmula e eu subi correndo para o meu quarto encontrando o Minho.- você escutou tudo?

_Sim...

_Você não vai fazer isso né? Você não vai me abandonar depois de conseguir tudo que quer de mim né?- comecei a chorar e ele me abraçou.-

_Eu nunca vou fazer isso com você, meu esquilinho... Eu te amo e isso vai ser até eu morrer.- eu não o respondi, apenas me encolhi em seu braços e aceitei seu carinho.-

Minha vontade agora é comer um pote de sorvete enquanto choro no banheiro e ir dormir por mais de dez horas.

Mas agora eu tenho algo melhor do meu lado... Agora eu tenho o Minho e eu sou feliz com ele.

Espero que meu pai me entenda e apoie meu relacionamento, eu não quero precisar escolher entre os dois.

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