10. Oi sumida

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Theo

No avião, o clima parecia fúnebre, Martin permaneceu em silêncio durante todo o percurso.

Chegando à lanchonete do aeroporto, Martin finalmente quebra o silêncio:

" Theo, você vem ao banheiro comigo? "

" Claro. " Respondo prontamente.

" Encontramos vocês na saída do aeroporto, okay? " Klara anuncia.

" Pode ser. " Martin responde enquanto me puxa em direção ao banheiro.

" Quer fazer algo ousado e transar no banheiro de um aeroporto? " Brinco com ele.

" Descobri que minha mãe é Jenne Lee. "

" A mãe de Klara? "

" Sim. "

" Caramba, e agora? "

" Pretendo conversar com ela. "

" Com Klara ou Jenne? "

" Com Jenne. Não tenho coragem de contar para Klara. "

" Você tem o número dela? "

" Alejandro encontrou e me passou. "

" Então, tenta conversar com ela. "

" Vou tentar. "

" Apenas não fique triste ou assustado. "

Jenne

"Bom dia, mãe." Tory Lee entra em minha casa.

"Oi, bom dia. "

"Oi." Mary Lee e Sophia Lee cumprimentam Tory.

"Oi. Trouxe algumas roupas para vocês." Tory entrega duas sacolas.

"Deixe-me ver. Um vestido da Chanel! Obrigada." Sophia exclama.

"Gucci, obrigada." Mary agradece timidamente.

"Vocês merecem." Tory sorri.

"Gostaria de tomar um café?" Pergunto a Tory.

"Pode ser."

Acompanho-a até a cozinha, onde mostro uma mesa repleta de panquecas, biscoitos, pães, geleias e frutas.

"Não nos vemos desde o fim do reality show." Tory comenta.

"Eu sei, filha, mas estou sempre ocupada cuidando da minha fama e das duas." Refiro-me a Sophia e Mary.

"Entendo."

"E você e Klara, ainda estão brigadas?"

"Depois que ela arruinou meu trabalho."

"Era apenas um filme."

"Mãe, era o filme da Barbie. Você sabe como minha carreira teria sido se eu estivesse na Barbie?"

"Com mais três milhões de seguidores." Debocho.

"Mudemos de assunto. Como foi no Met Gala? Amei seu traje."

"Foi incrível, até fiz amizade com Jennifer Lopez."

Martin

Decido ir à casa de Theo em vez da minha, e somos recebidos com um caloroso abraço de Jorge na entrada.

"Que saudade de vocês." Jorge diz.

"Também sentimos, sogrinho." Respondo.

"Vou preparar um café." Theo anuncia.

"Vou até o quarto de Theo, okay?" Digo.

"Está bem, sintam-se em casa." Jorge diz.

Entro no quarto de Theo, pego meu notebook, acesso o perfil de conversa de minha mãe e começo a refletir.

O que devo mandar? Um simples 'oi', ou "Eu sou seu filho", ou "Oi, quanto tempo"?

Não tenho certeza do que fazer, começo a suar e a sacudir o pé. Finalmente, decido enviar um "Oi, sumida".

*Toc Toc*

Abro a porta e é Theo com duas xícaras de café.

"Mandou uma mensagem para ela?" Theo pergunta.

"Sim, e obrigado pelo café."

"De nada... mandou um 'Oi, sumida'?"

"Sim, está ruim?"

"Não se preocupe com isso."

"Tudo bem."

Fico por lá com Theo, tomando cinco xícaras de café, já que a cafeína alivia minha ansiedade. Mas depois de uma hora, quando estamos exaustos, ouço meu notebook vibrar.

"Oi, Martin." Jenne responde.

"Você é minha mãe?" Pergunto.

"Bom... é complicado."

"Você é ou não?"

"Sim, sou eu."

"Como você pôde me deixar sozinho com meu pai?"

"Acho que explicar tudo virtualmente não é uma boa ideia."

"Posso ir até aí em Marrathan?"

"Claro, prometo que tive as melhores intenções."

"Espero que sim, Jenne."

...

No próximo capítulo...

11. Será que o meu pai é um monstro?








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