12. Meu pai é fogo

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Martin

Chegando em Champagne, ao entrar em casa, me deparo com meu pai em uma conversa tensa com um sujeito desconhecido.

"Você tocou fogo na espelunca?" meu pai fala, a voz carregada de preocupação.

"Sim, como o senhor pediu," responde o estranho.

"Aqui está o seu dinheiro."

"Foi bom fazer negócio com você." O homem sai pela porta, revelando minha presença atrás dela.

"Oi, filho..." Meu pai parece assustado.

"Eu não quero saber de nada, eu vou morar com a Jenne."

"Você descobriu?"

"..."

"Fala."

"Mercedes, adeus," digo, decidido.

"Por que você está indo?"

"Você esconde a minha mãe, e agora coloca fogo no café do meu namorado."

"É pelo seu bem."

"Adeus." Saio com as malas que acabei de trazer, seguindo em direção à casa de Theo.

...

"Theo, foi meu pai," digo, desabafando, após ele abrir a porta para mim.

"Que colocou fogo?!"

"Isso... e eu vou morar com Jenne em Nova York."

"O que?!"

"Não dá mais para morar lá."

"Mas e a gente?"

"Acho melhor termos um tempo."

"Por favor, não."

"Eu não quero te ver sofrendo pela distância."

"Não."

"Adeus." O abraço, sentindo o peso da decisão.

"Te amo."

"Também."

"Não vá."

"Tchau," falo, as lágrimas já escorrendo.

...

Pego o avião mais próximo e vou embora, chorando e relembrando Theo durante todo o caminho.
...

No próximo capítulo

Capitulo 12,5. Sequestro

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