Luiza e Valentina nasceram uma para a outra, não da forma romântica que essa frase nos leva a pensar de primeira, literalmente nasceram para pertencer uma à outra.
Máfias diferentes, líderes diferentes, mas um objetivo em comum: monopolizar os negóc...
- Como estão os machucados? -- Pergunto em ligação com Valentina.
- Melhorando, Stefania acha que em no máximo dez dias os hematomas devem sumir completamente. No final dessa semana ela tira os pontos dos cortes que precisaram de sutura. A queimadura ainda não está bonita, mas ela disse que está melhorando também.
- E quanto aos remédios? Tem alguma previsão para interromper o uso?
- Ela já está reduzindo a dosagem, acredito que em não mais do que duas semanas ela deve cortar.
Igor pisca os faróis do carro me pedindo para parar de me afastar deles, aceno em concordância.
- E como estamos em relação à água?
- Consegui beber um pouco hoje, ainda é complicado a sensação dela dentro da boca. Banho já consigo mais facilmente, mas não vou negar que prefiro com você... -- Ela dá uma risadinha. -- Minha mãe, a Duda e a Sara estacionam do lado de fora do banheiro e a Ártemis fica me encarando de dentro, é esquisito ter plateia para essas coisas.
- Pelo menos está conseguindo evoluir, isso é grande, querida. Ah, garanta que ninguém além da Ártemis veja minha esposa sem roupas, por favor.
- Pode deixar. Onde vocês estão agora? -- Ela pergunta.
- Marche, mas só vamos descansar um pouco antes de pegar a estrada de novo. Ele não está aqui. -- Ela suspira. -- Vamos encontrá-lo, esquilinha.
- Estou com saudade. Duda, Sara e Stefania também. Se não tiverem sucesso essa semana vão voltar para passar o fim de semana conosco?
- Depende de onde nós estivermos. Também estou com saudades, como está Ártemis? Estão cuidando uma da outra?
- Ela uiva sempre que falo seu nome, é engraçado. Vou gravar para te mostrar, Sara está transformando sua caçadora em uma princesa.
- Ah é mesmo?
- Sim, vou te mandar a foto que tirei ontem. Querida, preciso desligar, Stefania vai cuidar da queimadura. Tomem cuidado e voltem logo.
- Certo, amo você.
- Amo você.
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Caminho de volta pra o carro, Carol está deitada no banco traseiro jogando para cima uma maçã e pegando de volta antes que a fruta acerte seu rosto. Igor gira a chave do carro no dedo.
- Como ela está? -- Ele pergunta quando volto a me sentar no banco do passageiro.
