Capítulo 1

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Me amaldiçoe enquanto corro até o portão de embarque de meu avião por não ter saído daquela reunião mais cedo, estava tudo planejado para chegar na hora certa, e agora estou aqui, correndo e rezando para conseguir entrar

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Me amaldiçoe enquanto corro até o portão de embarque de meu avião por não ter saído daquela reunião mais cedo, estava tudo planejado para chegar na hora certa, e agora estou aqui, correndo e rezando para conseguir entrar.

Avisto de longe o portão D3 de longe e vejo a assistente de voo, fechando a pôr, alguns minutos a menos e eu teria conseguido,

- Iria entrar neste voo? - assinto com a cabeça para a morena com o coque perfeito. -  Sinto muito, acabou de decolar.

- Tudo bem, muito obrigado. - Me afasto notando finalmente o toque que vinha de meu telefone que eu ignorava a alguns minutos.

Ao pegar, vejo na tela o nome do estagiário, se é que ainda podia o chamar assim, faz mais coisa que muitos no escritório.

- Diga, Alex, o que precisa? - assim que atendo ouço de fundo os gritos.

-Elijah, cadê você? Me diz por favor que já está no voo chegando em Londres.

- Quem está gritando?

-Por que mudou de assunto? – queria poder dizer que já havia embarcado e em poucas horas estaria l, mas não estou, e ele não precisa saber, só vai estressá-lo mais. – Ainda está em Nova York?

- Perdi o voo. -  Solto. - Agora me diz, quem está gritando?

- Quem você acha? Ele está surtando porque você pegou o caso, está falando que você vai acabar com a reputação da empresa.

- Eu vou tentar ir o mais rápido possível, precisamos terminar logo isso. - Passo as mãos em meus fios de cabelo os colocando para trás e suspiro, estava sem paciência para lidar com pessoas querendo ditar o que devo e o que não devo fazer. – Quanto a Tyler, diga para ele não se intrometer no meu escritório e fazer o trabalho dele, se ele usasse o tempo que gasta querendo mandar no meu escritório, ele não estaria prestes a ser demitido.

Desligo o telefone e vou até o Guichê na esperança de ter um voo para a Inglaterra em menos de duas horas.

- Boa noite, preciso de uma passagem para o próximo voo para Londres.

- Boa noite, senhor, por sorte temos um agora as 01:00 da manhã.

- ótimo, está mesmo. – Seja lá quem estiver acima de nós, eu te agradeço.

Observo a moça, com o cabelo preso do mesmo modo que a outra digitar algo no computador.

- Senhor, me desculpa, acabaram de comprar a última passagem deste voo, teremos agora um apenas para as 07:30 de amanhã. – Cantei vitória cedo demais,

-Pode ser, está ótimo. – Ela me mostra os acentos vagos, que não são muitos e eu escolho qualquer um deles, acento 5I e então estou oficialmente sem teto durante uma noite em nova York.

-Aproveite sua última noite na cidade que nuca dorme, senhor. – Agradeço e saio do lugar em busca de alguma cafeteria que esteja aberta as meias noites de uma quarta-feira, mas perto do aeroporto, não havia nenhuma.

Um taxi para bem em minha frente então aproveito a deixa para perguntar a ele.

- Boa noite senhor, por acaso saberia de alguma cafeteria eu estaria aberta agora?

- Claro, posso te levar até lá, por sorte ela estará aberta.

Entro no carro amarelo e vou em direção ao lugar, não reconheci nenhuma parte do caminho, só quando passamos em frente ao central parque que conseguir me encontrar, mas logo entramos nos bairros e eu estava perdido novamente.

No tempo em que fiquei no carro, repassei a conversa que tive com o jornalista e dono da maior revista dos tempos 'The American Insight" reconheço que a minha causa não tem muito a ver com o conteúdo da revista, africanos precisando de água não é o que as mulheres geralmente querem ler, talvez se eu estivesse defendendo um caso em que homens tivessem magoado uma mulher elas gostariam, mas infelizmente, essa é a revista mais lida do mundo, e eu preciso de visibilidade para esse caso.

Repasso à última frase da reunião na cabeça "me perdoe senhor James, essa pauta não condiz com o que postamos, não podemos colocá-la em nossa revista, mas desejamos toda sorte em seu caso." Queria que a última frase mesmo tivesse sido um belo "vai tomar no cu" meu, mas me segurei, e até agora, ando me arrependendo um pouco de ter me censurado.

O homem para em frente a um pequeno estabelecimento com a facada vermelha, e o nome em led apagado, "Mystic Joe's", sei que não está fechado pois consigo ver a moça lá dentro pela parede de vidro.

Pago, agradeço e saio do taxo e entro devagar na loja que ainda estava com todos os piscas piscas ligados deixando um ar aconchegante e avisto a moça que vi ainda pelo carro, cabelos loiros naturais estavam presos por uma presilha que deixava alguns fios caindo em seu rosto enquanto varria o chão.

Assim que ela escuta o sino dá por se vira para mim me contemplando com os olhos mais lindos que havia visto, nunca tinha visto um verde tão claro, me senti preso naquele olhar, e realmente estava, só me desvencilhei quando ela deu o primeiro passo e me disse indo em direção ao balcão.

- Boa noite senhor, noite longa?

- Parece que vai ser eterna.

UMA NOITE LONGA - a.s. DelgadoOnde histórias criam vida. Descubra agora