Darius acorda no meio do nada cheio de ferimentos e percebe que em sua memória não contém nada além de seu nome.
Com o passado misterioso e o futuro incerto, procura respostas para sanar as dúvidas de seu presente, nada estava indo bem e tudo piora...
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TUDO ESTAVA BANHADO POR UM COMPLETO SILÊNCIO E ESCURIDÃO SEM FIM, não conseguia distinguir nenhum palmo a minha frente e ainda assim decidi caminhar lentamente por ali em busca de algo. Só conseguia ouvir o som de minha própria respiração, o lugar estava tão quieto que, se eu me concentrasse, seria capaz de ouvir meus próprios batimentos.
─ O que é isso? ─ sussurrei para mim mesmo tateando algo que parecia ser uma parede de pedra, mas estava úmida e pegajosa, o cheiro do lugar se assemelhava com mofo e talvez um pouco de. . . Enxofre? Como diabos eu sei como pode ser o cheiro de enxofre? ─ Okay, já chega. Onde eu estou? ─ disse mais alto esquecendo o meu receio pelo lugar desconhecido e por estar totalmente no escuro.
─ Logo logo você irá descobrir. ─ uma voz ecoou por ali e eu não soube distinguir se era de homem ou mulher.
─ O que? ─ gritei confuso ao sentir meu corpo ser arremessado fortemente contra algo me fazendo perder o ar instantaneamente, então comecei a cair. . .
06:45
Acordei puxando todo ar que conseguia para os meus pulmões como se eu tivesse acabado de me afogar. Voltei a mim e olhei em volta reconhecendo o quarto que era do filho de Lucy, mas ela havia o cedido para mim passar a noite. Então foi só um sonho? Sonho ou lembrança? Tudo parecia ter sido muito real, as sensações, o cheiro, a voz. . . Bom, de qualquer forma eu acho que não é uma coisa que vou saber por agora.
Me levanto devagar fazendo um esforço para sair da cama e abandonar minha preguiça matinal. Mesmo sem memória posso dizer que não sou um amante de acordar cedo.
Caminho devagar em direção ao banheiro conseguindo sentir o cheiro de torradas vindo do andar debaixo e sorrio ao lembrar de toda a gentileza com qual a Sra.Foster me tratou no dia anterior.
─ Bom dia, Lucy. ─ disse gentilmente assim que entrei na cozinha vendo a senhora aprontar a mesa para o café da manhã.
─ Bom dia. ─ Lucy diz me oferecendo um sorriso caloroso e acolhedor ─ Como está se sentindo hoje? Espero que tenha dormido bem.
─ Eu estou me sentindo ótimo, acho que qualquer coisa que eu sentir vai ser melhor que os sentimentos de pavor que senti ontem. ─ digo em um tom humorado e mantendo um sorriso mínimo em meu rosto ─ Eu dormi muito bem. É tão bom descansar e acordar se sentindo como novo.
─ Melhor que isso é tomar um café da manhã reforçado para recuperar a energia que a sopa não te deu ontem. Sente-se e fique a vontade, espero que goste de torradas e torta de amora silvestre. ─ me sentei enquanto observava a mulher caminhar até o balcão e pegar uma bandeja com uma torta bem decorada e perfeitamente assada parecendo extremamente deliciosa.
