Prólogo

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💞 Luna Lombardi 💞

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💞 Luna Lombardi 💞

Aperto minhas mãos mais uma vez com os gritos dos meus pais, toda vez era a mesma coisa e eu estava cansada de viver assim.

- Oi, pequena.- Fecho os olhos ao escutar a voz de Samuel.

- Onde você esta?- Mordo o lábio para que ele não perceba minha voz de choro.

- O que aconteceu?- Aperto o telefone após mais uma voz alterada.- Que gritaria é essa?

- Sam, eu posso dormir na sua casa?- Tudo fica em silêncio de repente, sinto meu corpo tenso.

- Eu vou buscar você, me espera em frente a sua casa.- Ouço algo cair no chão.- Fica calma, eu já estou chegando.

- Não, eu vou pular a janela e te esperar na rua de trás.- Avisei enquanto procurava pela minha mochila no quarto.

- Tudo bem, eu mando uma mensagem quando chegar no destino.- Sabia que ele estava saindo de casa ao escutar ele pegar as chaves.

Pego algumas peças de roupas e coloco em minha mochila, meus livros da escola e tranco a porta do meu quarto. Meus pais não iriam entrar no quarto, abro a janela e pulo sem dificuldade alguma, eu já estava acostumada a fazer esse processo todas as vezes que o clima pesava em minha casa.

Segurei as alças da mochila enquanto caminhava até o local combinado com Samuel, passei por um grupo de rapazes que fizeram questão de parar em minha frente e me rodear.

- Me larga, idiota.- Tento puxar a minha mochila das mãos de um deles quando sinto uma mão em minha cintura.

- A gatinha é arisca pessoal.- Respirei fundo ao sentir uma mão passar em minha bunda.

- Que belo corpo, lindinha.- Tiro forças que eu não sabia que tinha e acerto a cara de um deles.- Filha da puta.

- Quem você pensa que é para acertar um de nós sua vagabunda?- Um rapaz ruivo segura meu braço.

- Pode ter certeza que antes de vocês tentarem fazer alguma coisa eu mato vocês.- Quando era mais nova meu pai fez questão de pagar aulas de defesa pessoal pra mim.

- Você é uma só, gracinha.- O loiro apertou meu queixo e eu acertei seu estômago.- Cachorra!

- Vem e eu te mostro que posso mandar você para sete palmos da terra sem pensar duas vezes, mas fique ciente que a raiva que eu estou sentindo não será suficiente quando eu socar a sua cara sem dó e nem piedade.- Passo a mão em meu rosto quando meus olhos marejam.

Joguei a mochila no chão cheia de raiva, prendi os meus cabelos e chamei os três idiotas para uma luta, era hora de colocar tudo que havia aprendido em prática. O ruivo dá um passo a frente e tenta me acertar, mas acabo sendo mais esperta e acerto suas bolas com os meus pés.

O loiro agarrou meu cabelo e tentou me jogar no chão para me chutar, mas ele não era tão esperto e acabei manobrando a situação o jogando no lugar que minutos antes eu deveria estar. Antes que eu pudesse acertar o moreno sou pega de surpresa pelo o ruivo que me dá um soco no rosto.

- Filho da puta.- Xingo ao sentir o sangue escorrer do canto da minha boca.- Você me paga.

- Eu te pagar? Acho que não, lindinha.- Sua risada era ridícula, analisando melhor era nítido que ele estava usando drogas.

- Se encostar nela mais uma vez eu corto as suas mãos.- A voz que tinha o poder de fazer o meu coração bater mais forte estava atrás de mim.

- Quem é você, coroa?- O loiro perguntou.

- Aposto que o papaizinho dela.- Piso de forma mais brusca possível nos pés do moreno.

- Já falou demais seu merda!- Agarrei seu pau por cima das calças e o torci da forma mais dolorosa que ele jamais esqueceria.

- Você é maluca, garota?- Ele cai ajoelhado em minha frente e sem dó alguma acerto meu joelho em sua cara o fazendo cair.

- Aí meu cabelo.- Sinto uma pressão muito grande em meus cabelos ao ser puxada para trás pelo o ruivo.

- Deveria escutar os mais velhos.- Samuel pegou uma ripa de madeira que eu ainda não tinha visto e caminhou até o ruivo que arregalou os olhos de medo.- Agora você vai aprender a nunca mais mexer com mulher alguma.

- Se eu fosse você não faria isso, coroa.- Minhas unhas estavam grandes o suficiente para que pudesse ferir a pele do filho da puta em minha frente.

- Não ouse ameaçar o meu amigo.- Olhei em seus olhos.- Eu não sou tão boazinha como ele, então não o ameace se não eu vou acabar com sua raça e me certificar que tanto você quanto seus amigos passem anos dentro de uma cadeia sem direito a visita.

Eu não tinha poder algum para fazer com que a  minha ameaça fosse verdadeira, mas ver a cara de medo dos três otários era satisfatório. Troquei um olhar com Samuel ao ver os rapazes correr em direção oposta a nossa, peguei minha mochila e segurei a mão do meu melhor amigo até o seu carro.

A casa de Samuel era muito bonita, ampla e com  uma ótima decoração, gostava de vir visitá-lo sempre que eu tinha tempo.

- Quieta.- Ele não me olhava nos olhos, sabia que ele estava bravo.- Tem noção que algo pior podia ter acontecido, Luna?

- Nós dois sabemos o que iria acontecer.- Falei baixo, mas ele tinha escutado.- Eu não queria que nada acontecesse comigo e a minha única reação foi de se defender.

- Luna..- Segurei seu braço e ele me olhou.

- Eu estava cheia de ódio e achei justo descontar neles mesmo não percebendo a merda que daria se as coisas fugisse do meu controle, mas é só você pensar pelo o lado positivo.- Tentei dar um sorriso para Samuel, mas o meu rosto estava dolorido pelo o soco que havia ganhado.

- Não tem nada de positivo nessa história, agora me dá as suas mãos para limpar.- Revirei os olhos.

- Claro que tem.- Respondo tendo a sua atenção que é mínima.- Nós dois derrotamos aqueles três idiotas com nossa luta super poderosa.

- Luta super poderosa?- Riu, mas logo ficou sério novamente.- Você está com um cortado no canto da boca e amanhã seu rosto vai estar roxo.

- Depois eu cubro com maquiagem.- Tiro minha blusa e ele se vira.- Nada que você nunca tenha visto.

- Questão de respeito, Luna.- Samuel guarda o mini kit de primeiros socorros, mas percebo que pelo canto de olho me olha.- Tome um banho que eu preciso conversar com você sobre um assunto sério.

- Odeio conversas sérias com você porque nunca é coisa boa, última vez que fizemos isso você ficou quase três meses fora.- Parei em sua frente.- Qual o assunto?

- Faça o que eu falei e depois conversamos.- Não insistiria, ele não iria me falar nada.

Nem mesmo a água quente conseguia me fazer relaxar, penso em tudo que havia acontecido nas últimas duas horas e me permito chorar sem ter alguém para me julgar.

Meu Amor Proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora