Capítulo 12: Hora de voltar pra casa

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Moon

__ Cá está a comida favorita dos lobisomens: Griiso grelhado, molho alpash e pomus fritos, __ Rize apresentou o jantar assim que adentramos na cozinha.

Os nomes parecem estranhos, mas o aspecto é semelhante a frango grelhado, molho italiano e os pomus parecem mesmo batatas fritas.

Sorrio ao perceber, mais uma vez, o quanto esse mundo se parece com o meu. Quer dizer, com o mundo humano.

Rize fez um sinal para nos sentarmos à mesa, então lavamos as mãos e nos sentamos. A mulher sentou-se na cabeceira, Kuller e Syrius sentaram -se à direita dela, eu e Eder nos sentamos à sua esquerda.

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Depois que terminamos a refeição, recolhemos os pratos e eu me ofereci para ajudar Syrius a lavá-los. A parte boa de estar fora de casa é que posso fazer os deveres domésticos sem que meus pais ou outra pessoa me impeçam.

Eder está conversando com Rize e os dois parecem entusiasmados com alguma coisa. Kuller está sentado ao lado deles com os braços cruzados olhando fixamente para algum ponto no teto. Me peguei observando as tatuagens que estão em seus braços e todas elas parecem muito enigmáticas. Tentei olhar com mais atenção, mas Syrius interrompeu-me quando pousou bruscamente o prato sobre a pia, fazendo-me tomar um susto quando a água salpicou em mim. Está gelada!

__ Peço desculpa, Moon, o prato escorregou das minhas mãos.

__ Não faz mal, Syrius. Foi um acidente, __ digo.

__ Suas roupas estão encharcadas. Vou arrumar algo pra você usar, __ Rize disse ao se levantar e de seguida sair da cozinha.

Quando terminamos de lavar a louça, Rize mostrou-me um quarto onde eu podia banhar e me trocar com as roupas limpas que ela deu pra mim.

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Depois do banho, vesti as roupas limpas que me foram dadas. Um par de meias brancas, calças jeans, uma camisa cinza de lã e casaco preto. O casaco ficou um pouco grande, o que me levou a pensar que talvez seja do Syrius ou do Kuller. Bem, seja lá de quem for, eu tenho que admitir que é quentinho e tem um cheiro agradável.Por fim, calcei as minhas botas porque o clima está um pouco frio.

Me aproximei das grandes janelas de vidro que revelam o lado de fora da casa enfeitado pelo céu noturno estrelado e iluminado pela luz do luar. Um espaço semelhante a um jardim, no entanto, com árvores totalmente estranhas. Algumas delas em formas encurvadas e curtas iguais ao modelo de vaso de flores tradicional, enquanto outras são longas e cobertas de eras negras que vão desde o chão até o ápice onde começa a folhagem semelhante à coqueiros.

Senti um aperto no peito ao ver que já entardeceu. A essa hora, se não fosse pelo acampamento, eu estaria sentada na mesa jantando com meus pais, mas estou aqui.

Abraço a mim mesma buscando conforto tentando me convencer de que tudo vai ficar bem, apesar da recém descoberta de que sou a garota de uma profecia e que estou destinada a participar de uma guerra contra um anjo, quer dizer, arcano muito poderoso.

Sou interrompida de meus pensamentos quando ouço três batidas na porta e eu permito que a pessoa entre. Ao ver o rosto de Eder, eu sorrio. Ele me transmite uma sensação de conforto que por breves segundos, faz-me sentir realmente em casa.

__ Está tudo bem por aqui?, __ ele diz entrando no quarto e fechando a porta atrás de si.

__ Está sim. Eu estava só olhando o jardim, se é que posso chamar assim.

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