ENTREGA NO TEATRO

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Jeon Jungkook

Acordei bem disposto pra trabalhar hoje, o que aconteceu ontem foi o que eu esperei dias pra fazer.

Quando cheguei em casa eu fiquei pensando em como a boca daquele loiro e gostosa, macia e de fato bem beijavel como eu imaginei.

- Bom dia Jungkook, tá sorrindo a quatro ventos porque? - Namjoon me perguntou.

- Bom dia Nam, não aconteceu nada demais - sorri pra ele.

- Essa tua cara de que não aconteceu nada, tô vendo aí - arqueou uma sobrancelha e sorriu, ele me conhece bem e sabe quando acontece as coisas comigo.

Conversamos um pouco e logo ele foi embora ficando só eu e o Jin, abrimos o restaurante e fomos arrumar tudo.

Até que as horas foram se passando os clientes chegando e os pedidos de entrega também.

- Tem um pedido pra ser entregue no teatro agora - Jin
me entregou o pedido.

- Mas esse endereço fica um pouco longe daqui - indaguei.

- Você não é pago pra reclamar, já te falei isso várias vezes, e vai logo que quando chegar tem mais entregas - saiu me empurrando.

Liguei a moto e saí, mas minha mente hoje tá focada no beijo do playboy.

Não mandei mensagem e nem ele me mandou até porque nem íntimos somos.

Cheguei no endereço e logo vejo um anjo saindo pela porta, era ele, o homem que não me deixa dormir e que faz eu ter todos os tipos de pensamentos possíveis.

- Só pode ser obra do destinou mesmo - falei sorrindo pra ele.

- Sabia que você calado é um poeta? - jogou o cabelo pra trás e sorriu debochado.

- 'Tá fazendo o que por aqui? - perguntei.

- Eu sou dançarino e venho aqui toda manhã ensaiar, mas é só até amanhã - ele falou tão doce que eu quase me apaixonei.

- Entendi, vai se apresentar é? - eu realmente tava curioso.

- Vou sim, daqui a dois dias - falou em um tom meio triste e meio animado.

- Mas porque dessa cara? - entreguei a comida dele.

- Você 'tá muito ocupado? - é claro que eu tô, tô trabalhando, pensei em dizer.

- Não muito, porquê?

- Queria conversar um pouco enquanto eu como antes de voltar a ensaiar - corou e baixou o rosto.

- Vou só aguardar a moto e já volto - pra ele eu tenho todo tempo do mundo, o Jin que me perdoei, mas as entregas dele vai demorar um pouco.

Assim que guardei a moto entrei com ele no teatro, aliás eu nunca tinha sequer entrado em um em toda minha vida.

- Senta aqui - apontou pra um banco e eu obedeci.

- Mas o que foi? Por que 'tá assim? - perguntei.

- Não sei nem porque eu vou te falar essas coisas, mas é que eu preciso falar com alguém sem ser o meu amigo Tae - falou e respirou pesado.

- É que daqui pra amanhã meus pais chegam aqui no Rio e por eu ser filho único sou muito cobrado pra fazer de tudo perfeito - deu uma pausa pra comer - e sabendo que eles vão está ali naquela plateia me olhando me deixa nervoso, e olha que já sou acostumado com eles me olhando todo vez - dessa vez ele me olhou.

ELE É MINHA POESIA - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora