Amelia Fiore tem uma vida completamente normal,estuda em uma ótima escola e mora em um bairro seguro com os pais.
Apesar de ser uma adolescente considerada invisível por alguns,tenta se manter foçada em seus objetivos para conseguir sair de sua cida...
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Estou a um tempo no escuro dentro dessa van,minha visão está embaçada por conta das lágrimas e não consigo parar de pensar porque caralhos estou aqui,pra onde vão me levar e se vão matar toda a minha família.Será que eles se confundiram e não era pra ser eu aqui?Mas porque eles estavam me seguindo?
Escuto uma movimentação do lado de fora e tento aumentar meus ouvidos ao máximo para ouvir a conversa,até que as portas são abertas novamente e três deles entram e se sentam ao lado da porta,como uma forma de impedir com que eu me jogue do carro em movimento.A van começa a andar e não perco a oportunidade de questiona-los...
-Podem me dizer pra onde caralhos tão me levando pelo menos!?
-Por acaso vão vender minha alma pro Diabo?!-Pergunto pela segunda vez,com expectativa de que algum deles me respondam.
-Quase isso,boneca.-Um deles finalmente responde e percebo que é ela,já que tem uma voz feminina.
Essa resposta só me preocupa ainda mais,só de pensar em tudo que podem fazer comigo,com esse pensamento mais lágrimas escorrem pelo meu rosto.
-Eu não aguento mais essa porra!-O que está sentado mais próximo de mim arranca oque cobre seu rosto então revelando sua identidade.
Ele tinha uma barba ruiva comprida e mal feita e cabelo raspado,olhos claros e muitas rugas,devia ter por volta dos 50 anos.
-Você sabe que a gente não podia fazer isso até chegar né?-A mulher questiona.
-Foda-se ninguém vai saber mesmo.-O barbudo passa a mão na testa tirando o suor.
Em nenhum momento eles tiram a mão dos fuzis,oque me deixa ainda mais tensa,aparentemente são muito bem treinados e com um único movimento poderiam explodir meu crânio.Levando isso em consideração prefiro ficar quieta,e o único barulho aqui dentro é do meu choro.
Não faço a menor ideia de quanto tempo se passa,só sei que é muito,e eles ficaram estáticos por todo o caminho,exceto o pé do ruivo que insiste em ficar batendo no chão.
Assim percebo que até agora o único que não falou absolutamente nada e não fez um único movimento é o que está sentado mais próximo a porta,ao lado do barbudo.Ele é o que mais me preocupa,parece realmente um psicopata.A única parte visível de todos eles são os olhos e uma pequena parte da pele,e nos olhos dele é como se fosse o próprio demônio,completamente possuído.
O veículo para e rapidamente o barbudo tapa seu rosto novamente,eles abrem a porta e pulam para fora
-Vai ficar aí dentro,boneca?!-O ruivo pergunta.
-Se forem me matar prefiro ficar aqui mesmo!-Respondo em um tom de deboche,já que na altura do campeonato não há muita coisa que possa fazer para poupar minha vida.
-Nós não estamos aqui para brincadeira,então vê se levanta sua bunda daí logo,pirralha!-O que até então não tinha dito nada além de "entra aí porra!",mais uma vez fala dessa forma amedrontadora.
