III - Mudança de ares

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Um mês após colocarmos nossa casa à venda, a imobiliária nos ligou e comunicou que haviam comprado nossa casa e que, o comprador tinha pressa em ocupar a residência, então, a imobiliária nos deu o prazo de uma semana para sairmos da casa e falou também que, assim que pudéssemos, poderíamos passar lá e receber o dinheiro da compra. Meu pai ligou para meus avós avisando que iríamos nos mudar naquele mesmo dia, então, começamos a embalar as coisas da casa. Por volta das quinze horas, Diego veio até minha casa e ele logo levou um susto quando viu as caixas que já estavam prontas. Depois que falei que iríamos nos mudar para perto da casa dele nos ajudou a embalar o que faltava.

Uma hora depois, meu avô chegou a nossa casa, junto com ele veio o caminhão que iria fazer a mudança. Diego nos acompanhou até a nossa nova casa. Quando chegamos, eu enviei uma mensagem de texto para o celular de minha mãe, comunicando a mudança. Diego era o namorado que eu sempre sonhei ter, ajudou na mudança, me ajudou a arrumar meu quarto e dos meus pais, ficou para jantar, o que facilitou para a apresentação dele como meu namorado.

No outro dia, na escola, eu contei a novidade da casa nova para minhas amigas e elas falaram a mesma coisa que Mari falou, mas eu não estava mais tão preocupada com isso. Na hora do intervalo, estava com minhas amigas quando Diego me abraçou e perguntou como havia sido a mudança, depois me puxou para um canto e me beijou, para então falar que, naquela tarde, ele teria um treino e não poderia me ver. Respondi que não havia problema porque Taty e eu tínhamos um trabalho de geografia para fazer.

À tarde, fui para a casa de Taty, Diego já havia saído para seu treino. No decorrer da montagem do trabalho e da maquete, percebemos que faltava um material para a finalização, então saímos para comprá-lo. Estávamos na frente da livraria, quando avistamos Diego, Taty sugeriu que fossemos atrás dele para fazer uma surpresa. Quando chegamos, vimos ele e a Gabriela (ela estudava na mesma turma que ele). Taty soltou um grito com o nome dele, pararam de se beijar e ele falou meu nome ao me ver. Taty me tirou de lá, não aguentei e comecei a chorar, ela pediu para que eu fosse forte, porque ele não me merecia.

Fui para casa. Quando cheguei, fui direto para meu quarto, meu pai veio atrás de mim, perguntando o que havia acontecido, eu, com lágrimas nos olhos falei o ocorrido, meu pai me abraçou, pedi que me deixasse sozinha, e depois que ele saiu comecei a chorar mais e mais. Depois de chorar tudo o que eu podia, comecei a pensar em que, eu falhei para que aquela cena ocorresse. Depois de uns quinze minutos de ficar pensando sem chegar à conclusão nenhuma, o telefone tocou, era a Taty, falando que terminou o trabalho de geografia e querendo saber como eu estava. Falamos um pouco mais e desligamos. Quando minha mãe chegou à casa, logo subiu e perguntou o que havia acontecido, disse que Diego havia me traído, ela chegou mais perto e falou que foi melhor assim, porque esse era o sinal de que ele não gostava de mim, como eu dele. Diego ligou para minha casa, logo em seguida, minha mãe foi quem atendeu e disse a ele que era melhor nós não conversarmos naquele momento.

No outro dia na escola, eu fui direto para minha sala, Taty sentou ao meu lado e disse que Diego estava muito mal, é claro que isso não tiraria a culpa dele, ela também falou que ele queria falar comigo na hora do intervalo.

Na hora do intervalo, não descemos para o pátio. Uns três minutos passou e Diego estava lá em cima querendo conversar comigo, falei a ele que não queria conversar com ele, insistiu me pedindo desculpa, mas Taty o interrompeu, dizendo para não insistir. Diego era uma pessoa incrível, mas eu não podia continuar ao lado dele, sabendo que ele havia me traído.

O final de semana chegou, tudo estava tranquilo até que se ouviram gritos no quarto do meu tio. Meu pai e eu estávamos na sala e resolvemos não nos meter, minha mãe que estava na cozinha, veio até nós e perguntou o que havia acontecido, não sabíamos então pedimos para ela que agisse como se não ouvisse nada. Depois de alguns minutos, escutou-se a voz de minha avó mais exaltada, falando que nunca esperava essa atitude de seu próprio filho, percebemos então que ela saiu de lá e foi para seu quarto.

Meu ursinho LukasOnde histórias criam vida. Descubra agora