𝙥𝙖𝙧𝙩𝙮 𝙢𝙤𝙣𝙨𝙩𝙚𝙧

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Lia Cooper | Los Angeles, California.

Meu primeiro dia em Los Angeles havia sido incrível, por mais que eu estivesse odiando estar morando ali e não em Madrid, a cidade a qual eu nasci e morei a maior parte da minha vida. Na noite passada, fui em um bar: La Cita Bar e confesso, para meu primeiro dia em um país novo, em um lugar totalmente diferente, aquela noite foi magnífica. Bebi as diversas bebidas que havia naquele local; dancei como se aquele fosse o meu último dia. E pra finalizar a noite, acabei beijando um cara o qual eu não sei o nome, mas ele era lindo. Que eu me lembre, ele era loiro e havia algumas tatuagens espalhadas pelo corpo, as quais chamavam atenção.

Quando decidi que iria embora, por conta da bebida, acabei não pedindo o número dele e nem perguntei o nome dele, mas como eu estava bebâda, não estava me importando muito. Pedi um táxi, daqueles amarelos, que aparecem nos filmes e, pedi para que ele me levasse até em casa, já que eu não tinha nenhum amigo para me levar e eu também não estava em condições de dirigir. Todas as bebidas as quais eu ingeri, eram doces, ou seja, não percebi a quantidade que bebi, já que elas eram extremamente deliciosas. Assim que cheguei na frente da enome casa, paguei com alguns doláres e saí do carro, andando, com uma certa dificuldade.

Meus saltos estavam em minha destra, enquanto com a mão esquerda, eu tentava abrir a porta sem fazer barulho, mas por conta do álcool, aquilo estava parecendo uma missão impossível. Quando finalmente consegui, entrei dentro de casa, deixando os saltos jogados em um canto da sala, enquanto caminhava em direção as escadas, segurando no corrimão, me apoiando. Ao entrar em meu quarto, um alívio percorreu por todo meu corpo, enquanto eu tentava segurar a risada. Andei até o banheiro, vendo a situação insalubre que eu estava: meu cabelo suado, assim como meu corpo; minha máscara de cílios levemente borrada embaixo dos olhos e principalmente meu batom nude, borrado pelo canto dos meus lábios. Passei meu polegar sobre minha boca, já lembrando do beijo que tive com aquele loirinho.

Retirei meu vestido, levando minhas mãos até as alças do vestido, sentindo o tecido deslizar sobre meu corpo feito pena, enquanto eu deixava ele num canto qualquer do banheiro. Caminhei em direção ao box, me apoiando na parede do cômodo. Ao ligar o chuveiro, senti a água escorrendo sobre meu cabelo e corpo, relaxando os músculos tensionados. Respirei fundo, enquanto passava as mãos pelo meus fios loiros, enquanto algumas memórias de quando eu morava na Espanha vinha em minha mente.

Antes de tudo, meus pais ainda eram casados, felizes e apaixonados. Minha mãe e eu éramos grudadas; fazíamos tudo juntas e ela era a pessoa quem eu mais amava e confiava nesse mundo todo. No entanto, tudo foi por água abaixo quando eu havia feito 8 anos de idade. Naquela época, meus pais começaram a discutir todos os dias, sobre motivos bestas e eu, era apenas uma criança, então eu não sabia muito bem o que fazer. Eles se separaram e desde então, minha mãe nunca mais foi a mesma. Atualmente, ela já é casada com outro homem e já tem a "própria família", quase nem lembrando da minha existência. Por essas razões, decidi morar com meu pai e tentar me aproximar dele. Mesmo eu não me importando mais com isso, esse divórcio ainda afeta muito na minha vida, porém eu finjo que nada está acontecendo.

Enquanto tinha esses pensamentos em minha mente, aos poucos eu ia me ensaboando e lavando meu corpo, até acabar o banho. Assim que terminei o banho, me enrolei em uma toalha, saindo do cômodo com os cabelos molhados, deixando algumas gotas de água caírem sob o chão do quarto. Caminhei até a minha mala, já que desde que eu cheguei, deixei as roupas ainda na mala - algum dia eu coloco elas em meu closet. Peguei uma camisa qualquer, do dobro do meu tamanho e uma calcinha, vestindo as peças. Me deitei na cama, mesmo de cabelo molhado, acabei dormindo por volta das 4:39 da manhã.

[...]

- Lia, minha filha! Acorda! Que horas você chegou da festa ontem? - meu pai disse, enquanto abria as cortinas e janelas do meu quarto, fazendo com que a luz do sol entrasse no cômodo, me acordando.

- Pai... - murmurei, com a voz rouca - Acho que era umas 4:00 quando eu cheguei em casa - respondi o mais velho, me revirando na cama. Meu pai não se importava muito com as minhas saídas, inclusive ele é bem liberal nesse quesito.

- Tudo bem, filha, mas levanta! Hoje nós iremos passear por Los Angeles! Podemos ir no shopping, comprar as coisas que você havia me pedido alguns dias atrás e depois podemos ir almoçar em algum restaurante, qué piensas hija mía?

Meu pai ainda tinha o costume em falar em espanhol comigo, o que fez com que eu sorrisse fraco para ele. O mais velho nem esperou uma resposta minha e logo se retirou do meu quarto, fechando a porta e me deixando sozinha ali. Não gostava de sair da minha zona de conforto, de conhecer pessoas novas, mas eu vi que meu pai estava fazendo de tudo para que eu ficasse bem com essa mudança, então eu também preciso fazer um esforço por ele.

- Porra! - murmurei, enquanto me levantava da cama, retirando a coberta que estava sobre mim. Antes que eu pudesse ir até o banheiro, meu celular vibrou, uma notificação. Peguei o mesmo em minha mão, lendo que um contato desconhecido havia me mandado mensagem.

[...]

primeiro capítulo!! espero que gostem!! votem e comentem por favor, me ajuda muito!! desculpa pelos erros de digitação! 🫶🏻

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