† Capítulo 10 - Surto Desnecessário †

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Yuna se aproximou de mim com um sorriso radiante no rosto, os olhos brilhando de empolgação enquanto me puxava para um abraço apertado

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Yuna se aproximou de mim com um sorriso radiante no rosto, os olhos brilhando de empolgação enquanto me puxava para um abraço apertado. Seu corpo ainda se movia no ritmo da música, como se não conseguisse conter a energia que pulsava dentro dela.

— Garota, você foi a única a me superar! — exclamou, rindo animada.

Eu ainda tentava recuperar o fôlego, o coração batendo acelerado tanto pela dança quanto pela adrenalina de estar no centro das atenções. Passei as mãos pelos cabelos, sentindo-os grudados na minha pele levemente suada.

— Eu não quero superar ninguém — respondi com sinceridade, olhando diretamente para ela. — Você ainda vai ser a melhor, Yuna. Eu só... me deixei levar.

Ela arqueou uma sobrancelha e me deu um tapa leve no braço.

— Ah, para com isso, Christy! Você tem talento, garota! Se você quiser, pode dominar qualquer pista de dança.

Eu ri fraco, mas, no fundo, suas palavras ecoavam em minha mente. Será que eu realmente tinha talento para isso? Ou será que apenas me soltei porque precisava desesperadamente me distrair?

Antes que eu pudesse responder, meu olhar se desviou instintivamente para o outro lado da festa, onde Christopher ainda estava. Só que, dessa vez, ele não estava mais apenas conversando com a garota, ele tinha a mão pousada na cintura dela. Algo dentro de mim revirou, e a onda de satisfação que eu sentia há poucos minutos evaporou instantaneamente.

Aquela merda de desconforto voltou, como um peso incômodo no peito.

Por que eu tô ligando pra isso?”, me perguntei, mordendo o lábio com força.

Yuna percebeu na hora que meu humor mudou e seguiu meu olhar. Assim que viu Christopher com a garota, revirou os olhos e cruzou os braços.

— E lá vamos nós… — murmurou.

— O quê? — fingi desentendimento.

— Você tá com ciúmes.

Bufei.

— Eu não tô com ciúmes, Yuna. Só tô achando engraçado que ele se mete na minha vida, mas faz o que quer.

— Ah, claro. — Ela riu. — Então você não liga nem um pouco?

Eu abri a boca para responder, mas não consegui formular nenhuma frase convincente. Eu queria dizer que não, que eu não dava a mínima para o que Christopher fazia ou com quem ele estava, mas a verdade era que aquela cena me incomodava mais do que deveria.

E aquilo era irritante.

Muito irritante.

Antes que pudesse racionalizar, já estava caminhando em direção a ele. A raiva que eu não entendia direito queimava dentro de mim. Talvez fosse o cansaço, a bebida, a tensão acumulada da noite inteira... ou talvez fosse simplesmente o fato de que Christopher sempre se sentia no direito de mandar na minha vida, mas agora agia como se nada tivesse importância.

 A Chama do Inesperado: O pecado De Christen [Bangchan Imagine]Onde histórias criam vida. Descubra agora