A Chama do Inesperado: O pecado De Christen [Bangchan Imagine]

† Capítulo 17 - Vício †

O motor da moto roncava baixo enquanto atravessávamos as ruas silenciosas de Seul. A cidade brilhava ao nosso redor, mas eu não olhava para as luzes,minha atenção estava nela.

Christen estava firme atrás de mim, suas mãos segurando minha cintura, seus dedos às vezes apertando minha blusa quando eu fazia curvas mais fechadas. Ela ainda estava tensa.

Já vi aquele olhar antes. Aquela mistura de medo e raiva. Ela estava se segurando.

Acelerei um pouco mais, sentindo o vento cortar contra minha pele. Eu não era do tipo que gostava de consolar as pessoas com palavras. Meu jeito era diferente.

Depois de alguns minutos, parei a moto em um mirante afastado da cidade, um dos poucos lugares onde não teríamos ninguém para encher o saco.

— Desce. — Minha voz saiu firme.

Christen obedeceu, tirando o capacete e balançando os cabelos, que caíram soltos em seus ombros. O ar frio da madrugada fez ela estremecer um pouco, então sem pensar muito, tirei meu moletom e joguei para ela.

— Veste.

— Eu tô bem.

— Christen. — A olhei de lado.

Ela revirou os olhos, mas vestiu o moletom. A peça ficou grande nela, e por um segundo, minha mente me traiu imaginando como ela ficaria usando só isso e nada mais. Merda.

Ajeitei meu boné e me encostei na moto, observando o jeito como ela olhava a cidade lá embaixo.

— Vai me dizer o que aconteceu?

Ela cruzou os braços, respirando fundo.

— Nada.

Levantei uma sobrancelha.

— Certo. Então você está nervosa por quê?

Ela desviou o olhar, mordendo o lábio. Droga. Ela fazia isso inconscientemente, mas sempre me dava vontade de fazer algo que eu não devia.

— Eu... Recebi uma mensagem estranha hoje.

Minha postura mudou na hora.

— Que tipo de mensagem?

Ela hesitou antes de pegar o celular e me mostrar a tela. Li o texto duas vezes, minha mente trabalhando rápido.

Alguém estava tentando intimidá-la.

Não gostei disso.

Peguei o celular da mão dela e comecei a mexer.

— O que você tá fazendo? — Ela tentou puxar de volta, mas segurei firme.

— Vendo se dá para rastrear o número.

— Christopher, deixa isso.

Ergui os olhos para ela.