Capítulo 15

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Cheguei ao estúdio de Felix. Bati na porta que rapidamente foi aberta pelo garoto loiro.

"Nath! O que te trás aqui?" - disse abrindo passagem para que eu entrasse.

"Queria perguntar se queria dar um passeio comigo! Queria tomar um ar e pensei em chamar você!"

"Claro, eu adoraria!" - completou olhando para seu celular - "Me desculpe não vi sua mensagem!"

"Tudo bem! Imaginei que não veria, por isso vim aqui."

"Mas, vamos." - disse me puxando para fora.

Logo, nós dois fomos em direção ao grande portão de saída e fomos dar uma caminhada. Felix comentava sobre todos aqueles assuntos difíceis de decodificação, aquilo que todo hacker tem que saber.

Enquanto nos distanciávamos da base, via em frente uma movimentação estranha. Parecia um assalto. Rapidamente olhei para cara de Felix, ele parecia preocupado.

"Ei! Você aí! Pare com isso." - gritou apressando o passo e se aproximando.

Como o garoto possuía uma voz grossa, que até se destoava de sua aparência, rapidamente o ladrãozinho saiu correndo, desistindo do roubo.

Ao nos aproximar vimos que a vítima era uma senhora, de talvez seus 70 anos.

"A senhora está bem?" - perguntou Felix.

"Ah, sim. Muito obrigada, jovens. Quando ele me abordou nem soube o que fazer. Uma pobre senhora como eu." - disse a mais velha, levando a mão a sua cabeça.

"Eu imagino o susto! Fico feliz que esteja a salvo. Tenha cuidado andando por aqui, conheço boatos de que é uma região perigosa!" - continuou o loiro.

"Sim, é verdade. Mais uma vez obrigada!" - finalizou dando tchau e indo embora.

"Esse jovens de hoje em dia. Você viu o quanto ele era novo? O mundo está perdido mesmo." - retrucou o garoto, dando meia volta para voltarmos.

Felix podia ser da máfia, mas ele tinha um doce coração. Aquela atitude mostrava isso. Mesmo sendo de uma organização fora da lei, sabia até onde os princípios da lei vão e o mais importante, ele tinha uma bondade muito grande. Era bonito de se ver.

Voltando para a base, Felix se virou para mim e perguntou:

"Você acha que nós somos maus?"

Aquela pergunta foi feita em um momento tão preciso, que parecia até que ele conseguia ler meus pensamentos.

"Para falar a verdade, não. Não são totalmente bons, mas acho que também não são maus. Acredito que o fato de eu estar viva agora respondendo sua pergunta sugere o porquê penso assim."

"É por que eu penso muito nisso, tipo, você tinha sua vida sabe? Deve ser bem triste para você o fato de tudo ter mudado de um momento para o outro. Mas, você não parece estar mal."

"Eu não teria motivos para estar mal, por mais que eu tenha perdido minha vida antiga, todos me tratam bem, tenho tudo de bom e meus pais estão em segurança. Isso é o que importa."

"Entendi. Saiba que eu já tenho uma grande consideração por você. Você se mostrou minha amiga. Se precisar de qualquer coisa pode pedir. Se estiver em meu alcance, tentarei ajudar. - finalizou o garoto, enquanto entrávamos na grande instalação.

Logo Changbin estava na porta.

"FELIX! Eu passei esse tempo todo lhe procurando, preciso de um favor." - disse o rapaz.

"Eita, calma! Já estou indo." - respondeu rindo Felix.

"Tchau, Nath! O passeio foi bem legal!" - concluiu.

Acenei, vendo os dois se distanciarem.

Passar aquele tempo com Felix foi realmente bom. E aquela pergunta dele me deixou reflexiva. Até que ponto a máfia realmente era má?

Mafia - A Stray Kids Fanfiction.Onde histórias criam vida. Descubra agora