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Gênero: romance
Resumo: ele não está fazendo as tarefas domésticas por "cansaço" do trabalho.
N° de palavras: 794 palavras
Carlos Sainz × leitora feminina
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EU E CARLOS JÁ NAMORAMOS HÁ dois anos, dividimos um apartamento em Mônaco. Falta um mês para a temporada de 2024 da Fórmula 1 começar, o que significa que tenho um mês para aproveitar meu namorado antes que ele vá viajar o mundo.
Porém, já havia mais de uma semana que Carlos estava deixando de fazer suas tarefas de casa, dando a desculpa de que "o trabalho está me matando", palavras dele. Eu até entendo que o trabalho dele é cansativo, mas até mesmo nas semanas que ele não havia nenhum compromisso com sua equipe, ele deixava de lavar uma louça, limpar o banheiro, lavar as roupas... E isso estava me deixando irritada.
Nós dois estamos frente a frente na mesa de vidro da sala de jantar, os pratos de almoço apenas com restos de comida e os copos de suco vazios. Eu me levanto, pego meu prato, meus talheres e meu copo e levo-os até a pia da cozinha. Eu lavo minhas louças rapidamente e me viro para Carlos, vamos ver se ele finalmente vai fazer algo hoje ou vai dar só outra desculpa.
— Amor, lava a sua louça depois. — eu digo com um pequeno sorriso sem mostrar os dentes enquanto seco as mãos no pano de prato.
Ele olha para mim e estica os braços para cima enquanto boceja, se espreguiçando.
— Você pode quebrar esse galho pra mim só hoje, cariño? Minha cabeça ainda tá cheia das estratégias que o Frédéric comentou na reunião da semana passada.
Eu suspiro, desacreditada.
— Só hoje? Carlos, já faz mais de uma semana que você deixa de fazer as suas tarefas domésticas por causa do trabalho. — Eu cruzo os braços.
— Amor, você sabe que a pré-temporada é estressante. — Ele se levanta e vem lentamente até mim, colocando as mãos nos meus quadris.
Eu o olho séria e tiro suas mãos do meu corpo.
— Isso não é desculpa, Carlos. Fórmula 1 e vida pessoal são coisas bem distintas.
Ele revira os olhos levemente, o suficiente para fazer meu sangue ferver de irritação.
— Tá bom, tá bom... Eu vou lavar.
Ele pega as louças na mesa e as leva para a pia da cozinha, bufando no caminho como uma criança de seis anos faria. Carlos lavar um conjunto de louças agora não vai mudar o fato de que ele ficou mais de uma semana evitando suas tarefas domésticas e jogando-as para cima de mim. Então mesmo que ele faça esse mínimo ato, eu ainda estou brava com ele.
Eu o deixo na cozinha lavando a louça e vou para a varanda do nosso quarto, me sentando em uma cadeira que dá a vista para a parte mais linda de Mônaco: a parte sem prédios, casas e comércios. Apenas a natureza, árvores, sol, ar fresco.
Depois de curtos minutos apreciando a paisagem eu escuto passos se aproximando. E logo, escuto uma voz atrás de mim.
— Cariño, por favor, vamos conversar. Eu não quero começar a temporada brigado com você.
Eu viro minha cabeça para trás, vendo uma imagem de Carlos Sainz encostado na batente da porta da varanda com as mãos no bolso da calça jeans escura.
— Eu não tenho o que conversar com você.
Eu me viro novamente para a posição de antes. Barulho de passos novamente, Carlos se aproxima até parar atrás da minha cadeira enquanto fala.
— Por favor, meu amor... Eu admito que estava errado. Me desculpa. — ele fala brevemente, não querendo mostrar que errou.
— Você promete que não vai mais usar seu trabalho como desculpa para não fazer suas tarefas de casa? — eu me levanto e fico de frente para ele.
— Prometo. — um sorriso se abre nos lábios rosados dele. — E eu também prometo que faço a sua parte das tarefas domésticas por uma semana.
Eu sorrio também, convencida.
— Duas.
— Tá, duas semanas. — ele revira os olhos de maneira brincalhona.
— Agora você está perdoado.
Eu passo meus braços ao redor do pescoço dele e colo nossos lábios, iniciando um beijo. Carlos segura minha cintura firmemente com as duas mãos e retribui o beijo, invadindo minha boca com sua língua. Minhas mãos passeiam pelos ombros e pescoço do meu namorado, quase que fazendo uma massagem. Por falta de fôlego, nós paramos o beijo e nos encaramos. Ele sorri de novo.
— Obrigada por me perdoar. — ele inclina a cabeça e me encara.
— Você não merecia, mas eu te amo demais.
Eu solto uma risada leve, Carlos acompanha com outra risada.
— Eu também te amo. Demais.
Ele continua sorrindo e beija minha bochecha, o que me faz sorrir ainda mais.
Bem, pelo menos eu não vou precisar fazer tarefas domésticas por duas semanas.
