Capítulo XV

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William
"Procurando a cinderela perdida ? Que triste pode ser procurar por algo que já não está entre nós , não é ? " Ainda ouvi um barulho de tiro ao fundo , a voz era masculina , diria até conhecida , branda e sarcástica me arrepiou a espinha pensar que algo poderia ter sido feito com minha doce !
Porra , e nada eu posso fazer ! O celular caiu da minha mão de nervosismo e esbravejei ,
- Caralho - O fitei e ele me encarava aflito ,
- Algo William ? - Perguntou Paco ,
- A May disse que viajou , precisava desaparecer , não falar co m ninguém apenas pensar na vida , sozinha , vai voltar em dias , disse para que você não tivesse preocupações com ela - Ele pensou e pensou mas concordou e nos despedimos , peguei um táxi e refleti .
É visível que ninguém entenderia porque menti ! ,
Pois bem , se May estiver viva , tenho que considerar todas as possibilidades por mais tristes que sejam , ela está em mãos perigosas e eu não posso envolver ninguém mais de quem amo pois se perdesse quem quer que fosse eu não poderia viver com isso , não a curto prazo , eu tenho que lutar pelo e com o que me resta e infelizmente sozinho , mas com toda força  para defender meu amor ,
Cheguei em casa e tomei um banho ótimo , até diria revigorante em dias melhores jantei , comi pouco pois não tinha a mínima fome e tentei dormir , liguei o computador mas deisto e deitei , virei e revirei sobre a cama , porém o infeliz sono não chegava pois de nada poderia deixar de imaginar onde a doce está ," triste ? " "Sozinha? " "Desprotegida?" " Morta?" , quanto mais eu pensava menos o sono chegava junto , então pensei em ligar a única pessoa que me acalma em noites tenebrosas , tal como quando eu era apenas um menino com medo de trovão , minha mãe , olhei na mesa de cabeceira e não estava por lá meu celular como eu sempre deixara , levantei e procurei no bolso da calça e nada , até que lembrei que ao o deixar cair no desconexo momento eu não o recolhi porque estava atônito ainda pela anterior notícia , é vc é um idiota ! A essas horas num hall de um prédio movimentado e com um celular sem senha jogado as traças não te restou nada , caralho nenhum que te rercodasse que a vida não é uma sucessão de merda , a campainha tocou e eu abri a porta , era Paco com o meu celular nas mãos , ele chorava como criança pequena por algo que possivelmente viu no celular por não desviar os olhos do aparelho , eu o abracei e escutei cada queda de suas palavras ,
- Ela ... ela - Aquilo nunca foi terminado convidando que veio a seguir ...

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