Capítulo 32

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🪩
Catarina

Abro os olhos e me encontro deitada dentro de um quarto dessa vez em uma casa, a porta está fechada e o quarto é simples mas comparado ao outro é bem melhor, não lembro como eu vim parar aqui mas consigo lembrar de pequenos flashes, o homem caiu morto em cima de mim, eu sendo arrastada, eu gritando e o Matheus.

O Matheus, se ele esteve comigo porque não me levou embora, por que não me tirou daqui? Que droga, não consigo lembrar de mais nada!
Abriram a porta e era um homem branco, com um prato de comida e roupa na mão.

Xxx: Come aí, garota.- Colocou o prato na mesa de cabeceira.- e toma banho aí no banheiro.-

Catarina: Obrigada.-

Por estar me sentindo suja e nojenta entrei no banheiro que ficava dentro do quarto, bem apertado mas limpo, tomei um banho e vesti o vestido que entregaram, voltei ao quarto e comi a o prato de comida.

As horas naquele quarto passavam e eu ficava cada vez mais angustiada, ninguém entrava e eu não sabia o que estava acontecendo lá fora, só queria ir embora. Tentei abrir a porta mas estava trancada, bati, gritei, mas ninguém veio. Até o Marconi entrar e fechar, aquele homem me da arrepios.

Marconi: Qual foi, garota. Sossega aí, tô perdendo a paciência contigo já.-

Catarina: Eu só quero saber o que está acontecendo. Quero sair daqui.-

Marconi: Na melhor hora tu vai. Agora fica quieta, porque na hora que eu te pegar vou te dar uma coça que tu vai ficar sem andar.- Falou e saiu do quarto.-

Filho da puta.

Eu estou sendo tomada por uma angústia profunda e constante, cada minuto que passa em cárcere privado parece uma eternidade e o desespero se intensifica no meu peito.

A incerteza sobre o que está acontecendo lá fora me consome me deixando atormentada. Meus pensamentos são um turbilhão de medo e perguntas sem respostas "Quando poderei sair daqui?" "Será que alguém sabe onde eu estou?" "O que o Marconi planeja fazer comigo?"

Eu sinto um aperto no meu peito que mal me deixa respirar o desespero crescendo a cada tentativa frustrada de encontrar uma saída, as paredes ao meu redor parece se fechar aumentando a sensação de claustrofobia. Cada som, cada movimento do ambiente me faz sobressaltar temendo o que pode acontecer.

Independente de tudo eu me agarro à esperança, por menor que ela seja. Penso nos meus pais, nos meus amigos, e no Matheus em todos os momentos que passamos juntos e tento encontrar forças para resistir e acreditar que de alguma forma eu vou conseguir sair dessa situação.

Não sei que horas são só sei que acabo pegando no sono, acordo no outro dia com alguém entrando no quarto, mais uma vez colocando um prato de comida e roupa para eu tomar banho pelo menos aqui eu tenho o mínimo.

Faço a mesma coisa de sempre, pego as roupas tomo banho e volto para comer, o dia passa e eu fico assim o tempo inteiro, olhando para as paredes do quarto ansiando pelas minha saída, certeza que já estou aqui fazendo dois dias e eu estou pirando.

Os dias passam, provavelmente uma semana e eu continuo na mesma, o tédio já faz parte de mim mas eu já consigo me entreter com pequenas coisas, como um pequeno inseto voando isso já me deixa feliz.

A rotina é sempre a mesma, eu acordo, alguém coloca roupa e um prato de comida, tomo banho como e passo o dia na mesma, às vezes alguém entra me dá um biscoito água mas nenhum deles fala nada, eu já nem sei qual é mais o som da minha voz portanto tempo que eu estou calada.

Não sei o que está acontecendo lá fora, continuo totalmente no escuro medo que eu tenho é como está minha vida lá fora, será que eu perdi o meu emprego? será que fui dada como desaparecida? será que estão me procurando? sinceramente estou cansada.

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Capítulo curto só pra vocês entenderem o que a Catarina está sentindo. Espero que tenham gostado da maratoninha.

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Beijos, Angel🎀

5/5

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