Capítulo 11

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Eu gozei quatro vezes. As últimas três foram forçadas, ele prendeu minhas mãos para baixo e tomou controle de todo meu corpo, me foçando ao clímax de novo e de novo.

Próximo ao fim, continuei chorando, porque era doloroso e prazeroso demais, me levando ao limite. A dor excruciante, a extrema agonia de ser forçado a ejacular, o prazer aterrorizante e a vergonha avassaladora que senti, tudo inundou minha cabeça logo em seguida.

Sentamos ao lado da janela francesa, com a metade superior de nossos corpos expostos. Ele acendeu um cigarro, eu também peguei um, usando a ponta do dele para acender o que estava na minha boca. Ainda havia gozo nas minhas pernas, e as costas e braços dele estavam cobertos com as marcas das minha unhas dos momentos que cheguei ao orgasmo.

A luz no quarto não estava acessa. Nós observamos o tráfego abaixo,0 e as luzes neon refletiam no vidro, nossos dedos do pé inconscientemente se entrelaçaram. Eu pisei no pé dele, mas ele não respondeu.

"Ge... o que estamos fazendo é nojento, não é?" Apoiei-me contra o ombro dele, como um filhote de lobo se aconchegando no alpha da matilha, "Se formos descobertos, já era."

Meu ge acariciou a parte de trás da minha cabeça e então beliscou minhas orelhas quentes, calmamente dizendo, "Não é nojento. Para àqueles que têm um ao outro como a pessoa mais próxima no mundo, não importa o que façam, tudo é amor."

"Com a mãe e o pai também?"

"É claro que não, não somos próximos deles. Apenas você e eu nunca poderemos nos separar."

"Entendi."

Eu não gosto de refletir muito. Independentemente se isso era algo certo ou errado, contanto que meu ge concordasse, eu faria sem ressalvas, porque minha confiança nele é inquebrável. Mesmo que eu frequentemente o desafiasse, batesse e discutisse com ele, eu também confiava nele com todo meu ser.

Meu ge provavelmente sentia uma enorme pressão por causa disso, mas eu não me importava. Eu era excelente em empurrar problemas para ele.

Ele acariciou minhas cicatrizes e beijou minhas pálpebras como pedido de desculpas. As mãos do meu ge eram calosas, e quando ele me tocava, me davam a ilusão de que ele poderia me proteger para sempre.

Lembrei do incidente que aconteceu no meu primeiro ano do ensino fundamental. Naquele tempo, os alunos não voltavam para casa à tarde, e sempre haveria pais na cantina enviando comida aos filhos. Quase todo mundo tinha um responsável com quem comer, e as merendas estavam cheias de porco assado e coração de galinha com cominho. Contive-me por um mês antes de finalmente usar um telefone público e ligar para meu ge, pedindo que me mandasse comida também.

Ele disse que estava ocupado, e que, ao invés disso, me mandaria dinheiro.

Desliguei inexpressivamente.

Durante o final da tarde, comecei a me sentir irritadiço e matei aula para ir até uma lan house, mas acabei sendo pego no flagra pelo meu ge, que então me arrastou até um restaurante a alguns metros da escola.

Lá dentro, ele serviu o milho e a sopa de costelinhas de porco que tinha cozido para mim.

Naquela época, meu ge estava começando um negócio com alguns outros colegas de sala. Atrair investidores e discutir colaborações não eram tarefas fáceis, portanto, o perdoei por esse porco mal cozido e sopa muito salgada.

No mesmo dia, ele me deu um antigo celular. Com o braço ao redor do meu ombro, ele me ameaçou em tom de brincadeira e disse para que eu não desligasse mais na cara dele.

Eu não me atrevia a olhar para ele.

Ele continuou e disse, "Mãe e pai se foram. Ge só tem você, querido. Não se preocupe, não te deixarei para trás."

Ele foi asqueroso demais e, consequentemente, peguei todas as carnes da tigela dele e as migrei à minha.

Chamei-o de "meu querido". Ele riu tanto que o canto dos olhos quase sumiram.

Puxei minha cueca meio frouxa. Meu mini eu lá dentro não conseguia levantar por ora; maliciosamente o coloquei para fora e também agarrei o do meu ge, que também estava mole depois de gozar tantas vezes dentro de mim.

Comparei os tamanhos seriamente. Aparentemente, o dele não era tão maior que o meu, então por que doía tanto quando ele me fodia...?

Ele riu, avançou e me prendeu contra o chão com uma tenda aterrorizante se formando na cueca. Esse porra de jegue ainda consegue ficar duro? Eu não conseguia, mas no dia seguinte, quando eu recuperasse as forças, acharia um momento oportuno e o foderia. Queria chupar os mamilos dele, e também o fazer chorar enquanto me chamava de 'ge'.

"Duan Rui, você é engraçado." Reverti as posições e o prendi no chão, "Você não usou camisinha e gozou tanto no meu estômago, está esperando que eu tenha seu filho?"

Éramos irmãos biológicos, e de acordo com os livros de biologia, mesmo se no futuro a tecnologia avance o suficiente para fazer que homens tenham filhos, eu só poderia dá-lo um filho deformado, portanto meu ge morreria sem nenhum, e eu morreria sem filhos junto com ele.

Nós não podíamos nem mesmo deixar um símbolo do nosso amor para trás, então estávamos fazendo algo errado? Nosso amor era igualmente tão viciante quanto o dos outros, apenas um pouco mais entrelaçado numa linda insanidade.


Tradução: Kanae

Revisão: Yoongigatinho09

Can't Be Left Behind - Não Te Deixarei Para TrásOnde histórias criam vida. Descubra agora