A-M-I-G-O-S

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Olá! É bom te ver por aqui!

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— Somos amigos, não é?

— O que mudou? — Respondi com outra pergunta.

Havia acabado de beijar meu suposto melhor amigo e não me arrependia.

Yibo estava lindo, ainda mais lindo que todas às vezes em que já coloquei meus olhos nele. Vaidoso e extremamente cheiroso. Seu beijo tinha gosto de morangos frescos e a maciez dos lábios hidratados era como abocanhar um delicioso algodão-doce colorido. Sua face levemente ruborizada e a constatação de nossos desejos rijos se encostando foi revelador para mim.

Esperançosamente pensei que ele me aceitaria de imediato — como o beijo —, mas o balde de água fria veio em seguida a que abri a boca ainda com o gosto dele e o respondi com um questionamento. Seu semblante era muito sincero, havia algo entre desilusão e choque.

Sua boca moveu-se em um provável xingamento sem som algum, antes de me empurrar duas vezes com a mão para me afastar daquele contato íntimo que nos encontrávamos.

— Idiota! Você é um grande... — olhou para minhas calças. — ... grande... — Me empurrou mais uma vez. — Xiao Zhan, seu idiota!

— Globo de luz...

Eu realmente não sabia o que falar, estava tentando entender a extensão de seus sentimentos naquelas palavras tão sem sentido para alguém que sempre dominava o vocabulário em qualquer situação. Yibo sempre tinha palavras, mas agora pareceu perdê-las.

— Não, viado! — Arrependeu-se. — Desculpe.

Coloquei as mãos nos bolsos, ele não quis me ofender e não me senti assim, era apenas força do hábito, porém notei sua confusão.

— Yibo... — tentei chamá-lo a realidade do que aconteceu, mas ele estava bem consciente.

— Zhan... seu... seu grande idiota!

Aparentemente esse é o único xingamento que ele tem para mim. Eu não deveria gostar, entretanto, sentia meu peito quente como nunca antes. Estava vivo, me sentia vivo.

— Eu... eu não quero beijar um amigo. — Disse lamentavelmente.

Naquele instante, não pude fazer nada, ele me surpreendeu, correu e empurrou um casal bêbado que estava prestes a pegar um táxi.

Gritou: — Peguem o próximo, manas!

— Yibo! — Corri atrás dele, batendo na janela do carro, que já se punha em movimento.

Porra! Ele nem me olhou.

— Isso não vai ficar assim, globo de luz! — Nem liguei para as pessoas me observando e fui até o estacionamento.

FRI(end)S [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora