— Sr. Potter — Snape diz, quando abre a porta, — certamente você está ciente de que seu tratamento acabou. Não preciso ver você por mais duas semanas para a coleta de sangue.
— Eu sei, mas pensei que talvez pudéssemos tomar uma bebida. Agora que posso tomar uma e tudo mais. — Harry sorri e tenta não agir como se seu coração estivesse acelerado, como se tivesse levado tudo o que tinha para vir aqui esta noite e perguntar isso a Snape. Ele prende a respiração e espera que Snape diga não, porque por que, em nome de Merlin, ele concordaria?
Mas Snape apenas olha para ele por um longo momento, a boca aberta no que deve ser uma surpresa antes de dizer:
— Deixe-me pegar meu casaco.
A caminhada até Hogsmeade é agradável. Ainda faltam algumas semanas para a primeira nevasca, mas o ar está fresco e frio.
Harry não diz que sentiu falta de Snape porque isso seria um absurdo. Mas seus dedos coçam para estender a mão, para tocá-lo. Ele enfia as mãos nos bolsos e se apressa para acompanhar os passos mais longos de Snape. Ele acha que pode sentir o calor do corpo do homem enquanto ele se acomoda ao lado dele.
— Pedi o divórcio — diz ele; as palavras formam pequenas nuvens brancas no ar frio.
— Como você deveria ter feito.
— Ela não vai protestar. Quero dizer, ela não faria isso, mas isso acabará em breve. Tudo acabará em breve.
O braço de Snape roça o dele. Harry pensa que deve ter sido um acidente, mas o homem não recua, não se afasta. É apenas um toque, mas provoca um arrepio de calor na espinha de Harry.
É sexta à noite; a aldeia está ocupada. A música sai do Três Vassouras enquanto eles passam. As pessoas estão reunidas do lado de fora, fumando, bebendo e conversando com amigos. Harry pode sentir o cheiro da gordura da comida frita do pub, e isso lhe dá água na boca. Na semana desde que completou suas poções, seu apetite voltou.
A Cabeça de Javali parece a mesma de sempre.
Existem alguns outros clientes aqui. Um grupo de bruxos joga cartas em uma das longas mesas. E há um casal no canto. O homem é trouxa. Snape também sente isso; ele vira a cabeça enquanto eles passam; o movimento é quase imperceptível, mas Harry vê. A vila está segura agora, mas Harry está sempre em alerta. Seu trabalho, suas experiências na guerra e desde então garantem que ele nunca baixe a guarda. E ele sabe que Snape é o mesmo. O homem não teria sobrevivido duas décadas bancando o espião de outra forma.
Eles ocupam dois lugares no bar. Há um velho no final, bebendo uma cerveja. Ele olha para cima enquanto Snape e Harry se sentam, mas se ele reconhece algum deles, ele não deixa transparecer.
— O que traz vocês dois aqui esta noite? — Aberforth diz, limpando o balcão na frente deles com um pano sujo.
— Álcool — diz Harry, e o homem grunhe em reconhecimento.
— Você quer o de sempre — ele diz, e Snape concorda. Aberforth pega uma garrafa empoeirada de uísque da prateleira atrás do bar e serve uma porção generosa em um copo. — E você, Harry?
— Cerveja. Newcastle, se você tiver.
Aberforth faz. Ele tira uma garrafa da caixa e a entrega a Harry.
Eles bebem em silêncio por alguns minutos. O homem no final do bar termina sua bebida, coloca alguns galeões no balcão e sai.
— O trouxa? — Harry diz.
Snape toma um gole de uísque; seus lábios estão molhados quando ele pousa o copo novamente. Harry sente a pressão sutil de sua magia, sabe que está alcançando sua mente.
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Amortentia | Snarry
FanfictionAlguns anos depois de se casarem, Harry descobre que Ginny o administrou com Amortentia o tempo todo. Ele pede ajuda a Snape para reverter os efeitos. [Esta é uma tradução autorizada. "Amortentia" do autor(a) avioleta. Tradução foi feita por mim. Nã...