𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗨́𝗡𝗜𝗖𝗢

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━━━ capítulo único


As piadas que Aemond contou dentro daquele bar foram repulsivas demais, noto Jacaerys e Cregan revirando seus olhos olhando para um outro após ouvir o maior absurdo do mundo, uma piada preconceituosa e homofóbica.

Meu coração batia forte, rápido demais. Ele segurava minha mão forte por baixo da mesa, já estava bêbado, estava passando dos limites, eu sentia a tensão no ar, o pavor e o ódio, se perguntavam porque eu namorava aquele homem quando eu poderia ter tantas opções melhores, poderia ser amada de um jeito melhor do que ele me ama. Mas eu sei que ele me ama, eu sei disso.

As piadas que ele contou também eram altas demais, sua risada era alta demais, as pessoas estavam olhando ao nosso redor, mas claro que não era apenas pelo fato que ele havia tirado o tapa-olho e estava com uma pedra à mostra, penso no fato de se era permitido em pleno século vinte e um alguém usar uma pedra azul no olho como se fosse normal. Ele achava que estavam rindo do olho, ou a falta dele, mas era desespero pelas piadas.

Antes da sobremesa, ele levantou para ir ao banheiro, meu alívio era constante como se algo muito bom soltasse de meu peito. Tudo ficaria bem, eu queria acreditar nisso, ele poderia mudar...eu poderia mudá-lo consertá-lo.

- Ainda não entendo porque continua com ele, ele não é pra você, Nymeria - A voz de Cregan veio alto, irritada e grossa, segurava a mão de Jacaerys por cima da mesa, sentia como se estivesse se gabando de seu namoro tão perfeito. No caso, noivado - Ele é completamente insano.

Jacaerys como sempre concordou com ele assentindo com a cabeça, com a mão livre bebia uma cerveja. Eles eram praticamente casados desde os 16 anos, Jace completava dezessete anos duas semanas depois que se conheceram e meu irmão estava completando 18, foi como uma conexão de almas absurdamente perfeita, nenhum casal poderia ser tão perfeito quanto eles.


Foi nessa época em que conheci Aemond, o Targaryen loiro que usava um tapa-olho desde os doze anos, alto, magro, um olhar penetrante, uma voz sensual e um sorriso estupidamente estranho e atraente, tudo nele parecia perfeito, como um sonho, o que poderia dar errado? Jace não gostava do tio, meio-irmão de sua mãe, claro que nessa época eu não conhecia o parentesco.

Nosso primeiro encontro foi em um restaurante em Londres, era russo, ele queria mostrar o quão se importava com minhas origens tanto quanto eu, foi maravilhoso, nos serviram Kholodets, e foi maravilhoso, nos beijamos e fomos a cama juntos no seu apartamento, eu não queria isso, não no primeiro encontro, eu queria esperar, mas ele parecia determinado e apressado, e não vi isso como um sinal ruim, suas palavras eram de paixão e amor, ele queria se afogar em mim.

E eu deixei.

- Eu posso consertá-lo - Respondi aumentando meu tom de voz - É sério, eu posso.

Eu vi eles se olharem do mesmo jeito de quando eu tinha 17 anos do meu relacionamento, quando souberam a primeira coisa que disseram fora: Que Deus a ajude. Foi isso que Rhaenyra disse para mim,a mãe de Jace e meia-irmã de Aemond. Mas eu posso mudá-lo, eu sei disso.

- Que deus a ajude - Ambos na minha frente disseram uníssono. Como ouvi quando comecei a namorar com ele, mas ninguém entendia que ele poderia mudar, se considerado como um brinquedo quebrado, era só pegar um pouco de cola e colar os pedaços rachados, ele ficaria novo em folha não é? É sério eu consigo eu consigo fazer isso.

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𝗜 𝗖𝗔𝗡 𝗙𝗜𝗫 𝗛𝗜𝗠 ( 𝗡𝗢  𝗥𝗘𝗔𝗟𝗟𝗬 𝗜 𝗖𝗔𝗡)Onde histórias criam vida. Descubra agora