Ortega's Pet [Jenna×You]

001: o começo.

•O começo

Ao pegar o celular, com a visão meio embaçada no quarto escuro sendo iluminado apenas pela pequena fresta da cortina que refletia a luz do por do sol, S/n soltou um longo suspiro ao ver que já passava das 17h.

Ela estava chateada por ter que voltar para a faculdade depois do breve recesso de fim de ano.

Apesar disso, S/n gostava muito do curso de Direito que fazia. Porém, por conta dos muitos trabalhos e provas, não lhe restava tanto tempo para fazer o que mais gostava - Ler, assistir suas séries favoritas e, naturalmente, descansar.

Ela valorizava muito seu espaço e silêncio, mas não era tímida como as pessoas pensavam.

Gostava de falar sobre coisas que a interessavam e às vezes achava que seus amigos, Amber e Louis, deviam se cansar de ouvi-la falar tanto sobre os livros que tinha lido recentemente.

Os amigos, por outro lado, viviam insistindo para a garota sair mais com eles. Segundo eles, S/n perdia tempo demais com "bobeiras" desinteressantes e deveria aproveitar mais o tempo livre - Que, de certa forma, não era muito.

Após um tempo pensando sobre como o resto da semana seria puxada e agitada, S/n se levantou e dirigiu-se ao banheiro. Ligou a água da banheira e sentou-se para aguardar enquanto enchia; em seguida, despiu-se e imergiu na banheira de água quente.

Após surpreendentes 40MIN, saiu da banheira e envolveu-se num roupão, dirigindo-se ao seu closet para pegar uma de suas calças de moletom e uma camisa larga.

Ao retornar ao seu quarto, sentou-se na cama e pegou o livro que estava lendo no momento - "Manual de assasinato para boas garotas" -, mergulhando assim em seu próprio mundo.

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Completamente focada em seu livro, S/n se assustou com o toque do celular. "Mon amour".

Call On

_ E aí? _ Amber diz animada como sempre, fazendo S/n rir. _ Como está minha garota favorita?

_ Oi, meu amor. _ Diz, fechando o livro e se ajeitando na cama. _ Não muito bem. Não acredito que amanhã vai começar tudo de novo.

_ Nem me lembre. _ Diz, seguido de um suspiro pesado. _ Bem que nós podíamos ir para algum lugar para aproveitar nossas últimas horas de liberdade, né!?

_ Não inventa, Amber. Amanhã as aulas retornam e eu quero estar descansada para esse evento.

_ Aí, como você é chata, S/n. Aposto que o Louis vai topar sair comigo.

_ Vocês não vão a lugar nenhum! São simplesmente 20h de uma terça-feira. Na verdade... você já deveria estar dormindo, senhorita.

_ Aé!? _ Diz com tom de ironia. _ E por que, mamãe? Por que eu tenho que estar dormindo a essa hora e você não?

_ Bom... _ Diz no mesmo tom. _ Porque obviamente não sou eu quem vai passar os dois primeiros horários dormindo amanhã. E você ainda insiste em dizer que o Sr. Henderson tem implicância com você.

_ Maldito Sr. Batata. _ Diz, fazendo a mais nova rir. _ Amanhã eu passo aí às 7:40h, ok!?

_ Tudo bem. _ Diz pensativa. _ Então... Boa noite, Mon amour. Não faça nada que eu não faria.

_ Boa noite e até amanhã. _ Faz uma breve pausa. _ Sonhe comigo... Mas cuidado para não se molhar. _ Fala quase que num sussurro.

_ Até. _ Diz brincalhona. _ E pode apostar que eu irei. Beijos. _ Fala do mesmo jeito, assim, encerrando a ligação.

Call Of

Amber e S/n são melhores amigas. Na verdade, as duas se detestavam no Jardim de infância.

Porém, um dia, S/n encontrou Amber encolhida no banheiro, chorando descontroladamente e se sentiu obrigada a confortar a garota que, anos depois, viria a conforta-la pelo mesmo motivo.

A partir dali as duas se tornaram inseparáveis. Compartilhavam dos mesmos traumas, tinham os mesmos neurônios, pensavam da mesma forma, eram tão parecidas. Almas gêmeas.

Porém, ao mesmo tempo, eram tão diferentes que às vezes parecia ser impossível conviver entre si, mas mesmo assim não passavam um dia sem se ver - Vai entender né!?

Depois de um tempo mexendo no celular, S/n se levanta, sai do quarto e desce em direção à sala onde encontra Esther jogada no sofá enquanto assistia algo na TV.

_ Finalmente saiu daquela caverna. _ Esther fala, levando seu olhar até ela.

_ Não enche, Esther. _ Se joga ao lado da mesma no sofá.

_ Papai ligou. _ Fala, agora voltando sua atenção para a TV. _ Perguntou quando é que vamos lá.

_ E ter que aturar aquela vaca louca da Íris? Eu não, obrigada. Estou bem aqui.

_ S/a, eu sei que ela é um saco, mas nós podíamos fazer um esforço. _ Diz não obtendo resposta. _ Pense nisso, por favor, pela mamãe.

_ Aí tá bom. Eu vou pensar. _ Diz em ar de rendição. Se levanta e vai até a cozinha.

S/n vinha de uma família rica em dinheiro, porém, não tão rica assim em afeto.

Seu pai sempre passou tempo demais fora de casa, não acompanhou a infância ou sequer a adolescência da garota.

Claramente dava muita mais importância aos negócios do que para suas próprias filhas. Agora corria atrás das meninas buscando por atenção, porém S/n não estava tão disposta a criar um laço de afeto com seu pai a essa altura.

Sua mãe, por outro lado, era dócil e presente na vida das filhas.

Porém, infelizmente não puderam aproveitar muito disso, pois quando S/n tinha apenas 10 anos a mulher que mais amava veio a falecer.

Apenas um ano depois, seu pai já estava noivo de outra mulher.

"Como ele foi capaz de esquecer minha mãe tão rápido?" Era o que a menina pensava caminhando pela igreja, usando um lindo vestido - Estava uma verdadeira princesa. - enquanto levava as alianças até o casal que aguardava sorridente no altar.

Depois de comer um pedaço de pizza requentada, S/n subiu para seu quarto, antes dando um beijo de Boa noite em Esther. Os próximos dias seriam agitados.

Deitou-se em sua confortável cama desejando que pegasse no sono o quanto antes, o que não demorou muito.

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Oiie, espero que estejam gostando da história.
Desculpem pelos erros ortográficos.
Votem pfvr.

Kisses.
_A autora.