Palácio Opressivo

Cáp.2-Instinto

Casar na nobreza é mais que uma obrigação, não sei se seguirei este caminho mas tenho em mente encontrar alguém que eu ame. Claro que isto nunca acontecerá agora.

Diante a situação em que minha família enfrenta na tentativa de sobreviver à nobreza, um preço alto para se pagar sempre terá,especificamente quando o assunto é maridos, riquezas e outras coisas.

Quando minha mãe me relatou sobre me ajudar a encontrar um marido, fiquei em choque. Me levantei daquele sofá e sai correndo com minha bolsa para porta da frente, com o intuito de tomar um ar fresco.

Violet estava atrás de mim, já que para ela sou de suma importância e não posso me perder, ela tenta me acompanhar enquanto tento ficar sozinha o mais rápido possível, mas ela não desiste. Até que enfim ela esboça falar alguma coisa e diz.

-Violet,sei que está aflita e não posso dizer que compreendo seus sentimentos, te digo como...uma empregada e amiga. Mas espero que você entenda a situação que está passando.

Ela sempre tenta me auxiliar, sinto que ela tem mais a dizer.

-Claro, a situação da minha família não é das melhores por conta de sermos considerados os "favoritos", se estamos aqui não foi por mérito ou por simplesmente merecer, foi por sorte de meu pai ser um Visconde e nem ele tinha noção disto. Não o julgo, isto é claro, mas viver procurando um marido para casar é muito desconfortável.-respondo olhando uma vitrine de loja de artigos de escrita, no qual sou apaixonada.

Violet parecia ansiosa, e ela nem sabe oque expressar ou esboçar, ela me encara com olhos de medo e diz.

-Jade, não era para eu contar isto, fui obrigada a manter silêncio mas sua mãe está planejando fazer um baile para você ter algum pretendente de casamento, vai ser um baile mais que luxuoso e terá diversos pretendentes com quem conversar e se interessar. Inclusive, a lista possui vários homens ricos até mesmo...- ela para e permanece com suas mãos inquietas.

-Até mesmo...?-questiono esperando alguma resposta.

-Um príncipe.-Ela diz tampando a boca.

-Um príncipe? Eu preciso saber urgentemente sobre este baile.Vamos para casa, agora!- digo surpreendida enquanto saio de frente da vitrine retornando todo o caminho em que fizemos juntas até minha casa.
Quando chegamos, procuro por minha mãe e vejo ela sentada no mesmo lugar da sala.E quando esboço para falar, ela diz.

-Pelo visto ficou sabendo do baile, não é?- murmura ela enquanto folheia o jornal.

-Um príncipe mãe? Vamos receber um príncipe na nossa casa?-digo surpresa.

-E isto é tão ruim? Nossa casa pode receber dignamente um príncipe, afinal já conheci a rainha junto com seu pai. E ele tem sucessão para ser rei,o príncipe tem um caráter interessante inclusive, combina com você.- diz ela sem nenhuma preocupação.

Eu respiro fundo, ignoro tudo em minha volta e decido responder.

-Tudo bem mãe, pode até ter um baile nesta casa e receber um príncipe,-digo olhando fixamente nos olhos dela enquanto prossigo-mas, eu vou escolher e planejar o baile, afinal quem vai se casar com um homem será eu, e tenho direito de fazer isto.

Ela não responde, mas pela sua face ela aceita que eu faça isto, ela me passou uma lista planejada de tudo e claro, meu primeiro baile precisava ser dos melhores.

Tons de verde e azul escuro iriam dar um toque especial para o dourado da casa, cada talher e copo foi por minha escolha, assim como flores, comidas e bebidas. Estava tudo planejado para um baile em menos de dois dias,para procurar um pretendente.

Meu vestido ainda não foi escolhido, mas tenho certeza absoluta de que seria da cor tema do baile, verde escuro ou um azul um pouco mais claro. Estava ansiosa e receosa ao mesmo tempo, não conseguia pensar no tão falado príncipe em que minha mãe convidou, queria conhecer ele pessoalmente não para corteja-lo mas sim, ver como é seu rosto e seu caráter definido como interessante. Meu instinto diz que tudo dará certo, espero ansiosamente por este evento.