5.1. Dublê

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Fala, glra! Tudo bonzinho?
Deixa só eu dizer que fiz alguns reparos na pt1 de dublê, coisa bem pouca mesmo, mas, se quiserem, voltem lá pra conferir.

××
Ah! E um brinde à semana (quase) irretocável das meninas na vnl.
E muita energia positiva pra nossa juku!
💛💚
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A manhã começara movimentada. Era dia de gravação externa e sempre era uma loucura para fazer o dia ser o mais proveitoso possível naquelas ocasiões. Uma grande movimentação acontecia desde os dias que antecederam aquele momento em específico e toda a equipe se desdobrava para organizar o que seria necessário para dar sequência às filmagens.

“Bom dia para a diretora mais gata e gente boa que eu conheço.”

Caroline desejou sorridente após se aproximar da entrada da tenda que fora montada com o objetivo de servir como uma espécie de camarim improvisado, encontrando apenas a diretora por ali. Estavam na rua, mais especificamente em uma estrada momentaneamente desativada onde seria realizada a gravação do próximo episódio da série. Havia chegado há pouco e atrasada, por isso decidira primeiro cumprimentar a diretora e ver como seria recebida. 

“Está atrasada, Caroline”, Priscila respondeu impassível. “Bom dia para você também”, desejou por fim.

“Eu sei, desculpe-me”, pediu levando uma mão por entre os fios loiros de sua cabeça, jogando-os para trás em um gesto nervoso. “O ônibus em que eu estava quebrou e tive que ficar esperando por outro que só passou quase trinta minutos depois”, explicou com uma certa raiva constatando que era muito difícil ser pontual quando se dependia de transporte público naquele país. “Mas, olha, para não pensar que estou sendo displicente vou correndo me trocar e em cinco minutos estou de volta”, falou se afastando para não dar margem para levar mais broncas. Convenhamos que era uma boa tática. Se Priscila iria falar alguma coisa, não sabia, pois só faltou correr para dentro da tenda driblando qualquer possível tentativa da diretora. 

A estrada na qual se encontravam, por estar em obra, estava interditada para o fluxo convencional de pedestres e veículos que, por ora, precisavam traçar uma rota diferente para seus respectivos destinos. Contudo, com o pagamento de uma certa quantia e uma licença em mãos, a área foi liberada para filmagem. A falta de infraestrutura local adequada era perceptível. O ar empoeirado, a areia espalhada em montes de tamanhos pequenos e médios e os cavaletes e cones postos eram respostas aos buracos presentes na estrada, ao asfalto gasto e falho e à ausência de ondulações transversais que certamente contribuíam para um trajeto perigoso não só para os motoristas como também para os pedestres. No entanto, apesar dos contratempos, aquele era o cenário ideal para a cena que seria gravada.

Caroline observou o responsável por auxiliá-la com as trocas de roupas e maquiagem, cumprimentando-o. Alcançou os trajes de sua personagem que estava separado em uma arara com o seu nome, vestiu-os e sorriu para o espelho quando viu o resultado final. Adorava aquele momento porque era o instante exato que se sentia menos ela mesma e mais sua personagem. Era naquela fração de instantes que atravessava a história imaginada e incorporava, total e completamente, todos os trejeitos, pensamentos e sentimentos de quem dava vida. Há quem achasse exagero, porém para ela era e sempre continuaria sendo arte.

Ao retornar, trajada agora de Oliveira, sua personagem e levando mais que os cinco minutos previstos, tentara passar despercebida aos olhos da diretora, que conversava seriamente com as suas assistentes de produção. Naquela condição não fora difícil, é claro. Olhava em volta satisfeita e aguardando pelos próximos comandos quando a avistou. Maria Montibeller já estava presente nos trajes de Montana, a quem interpretava. A cumprimentou com um sorriso educado e um acenar discreto que, para sua surpresa, foram completamente ignorados. Tudo bem. Nada de mais, dizia para si mesma. A atriz só devia estar concentrada. Já havia percebido que a mulher adotava uma postura mais compenetrada nos minutos que antecediam o início das gravações. Pensava que era habitual para ela manter-se mais séria, então não se apegou àquele ato e caminhou confiante, parando ao seu lado.

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⏰ Última atualização: May 20 ⏰

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