𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬'𝐬 𝐒𝐞𝐜𝐨𝐧𝐝 𝐋𝐢𝐟𝐞 - ʷᵐᵐᵃᵖ

Extra - 1

- Como você se sente como princesa herdeira?

Parando de escrever, Athanasia olhou cansada para sua irmã que estava confortavelmente sentada em uma poltrona, os pés cruzados em cima da mesa de centro, folheando um novo livro, algo sobre um príncipe que voltou no tempo para descobrir as verdades sobre seu nascimento enquanto tenta mudar seu destino fadado a morte.

Ela torcia para que o príncipe conseguisse se tornar o herdeiro do trono e quem sabe se casar com sua assistente.

Seria muito fofo.

- Eu deveria responder essa pergunta? - perguntou Athanasia em um suspiro, voltando a escrever um documento sobre uma nova proposta a educação dos plebeus.

- Na verdade, não precisa. - Anastácia sorriu para a irmã, ficando de pé assim que a gêmea a olhou com olhos serrados. - Consigo ver pela sua cara. - ela se aproximou da irmã que a ignorou com um biquinho, recebendo uma risada da irmã. - Você anda cansada, não exija tanto do seu corpo, papai ainda é o imperador, se apoie nele um pouco. - sugerindo uma solução, Anastácia abraçou a irmã desajeitada, beijando seus cabelos perfumados antes de sair.

Alguns meses se passaram desde a coroação, não tantos, mas o suficiente para que a pobre Athanasia ficasse sobrecarregada com a nova responsabilidade.

De fato, Anastácia nunca esteve em uma fase tão apática, depois que sua irmã se inundou de reuniões importantes, revisão de documentos, visitas a propriedades governamentais fora dos muros e começou a participar de mais encontros sociais.

Não que Anastácia não a seguisse, Athanasia não era nada como o pai que sempre se recusava a deixar o palácio, a mais velha das gêmeas gostava de interação, amava estar em sociedade e observar tudo de perto.

Ela já imaginava isso, que sua irmã estaria sempre disposta a se tornar uma exímia imperatriz.

Bom, contanto que ela estivesse feliz, Anastácia não se importava.

- Ahhhh. - ela suspirou alto enquanto cruzava os silenciosos corredores de esmeralda, o palácio de sua irmã que agora não parava quieto.

Aquele silêncio todo era incomum pelo ambiente, mas tal fenômeno é graças à Athanasia, que pediu a calmaria e preferiu focar completamente nos novos documentos acumulados em sua mesa.

Abraçando o livro que segurava, Anastácia se sentiu estranha.

Seu pai estava tão leve, andando para lá e para cá, dormindo aqui e ali, parecendo satisfeito mas solitário.

Ela percebeu algumas servas que hora ou outra comentavam o quanto Claude continuava possuindo uma beleza exuberante mesmo com seus quase quarenta anos.

E em como a nova maga especializada em cura - que foi contratada por Athanasia para sempre conferir a saúde de Claude -, corava na presença do imperador.

Athanasia não estava muito atrás, sempre ocupada, mas de vez em quando era vista andando para lá e para cá com o duque Alpheus, braços dados, risadinhas, corpos muito próximos...

Fechando a expressão, Anastácia decidiu não pensar nisso.

Ela realmente não se importava mais com Ijekiel, ele se provou um ótimo duque, muitas vezes melhor que seu pai, um exímio político e de certo um perfeito cavalheiro.

Ela ficava feliz que ele mantinha o respeito impecável por sua irmã, e ficava feliz em saber que sua irmã parecia ter escolhido aquele rapaz.

Mas não quer dizer que ele queria ver Atahansia e Ijekiel flertando por aí.