Há um ano Lilith perdeu o namorado em um acidente de carro enquanto os dois brigavam quando votavam de uma festa. Ela quem estava no volante, portanto ela se sentia culpada a ponto de se isolar nos próprios pensamentos.
Lilith tinha traumas, não ap...
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Ela estava livre. Pelo menos por um momento Lilith não era ela.
Havia feito o que eu pedi sem protestar, e agora eu a observava dançar, como eu sabia que não fazia há muito tempo desde antes do acidente. Era como se naquele momento ela tivesse voltado a brilhar.
Mas ela e eu sabíamos que não seria por muito tempo, ela e eu sabíamos que não era de verdade, que era como uma pintura forjada para que parecesse bem por dentro.
Eu sabia que ela não estava.
Mas e se as pessoas que pensavam que ela era a princesa Walton, a queridinha de Pinecrest, a vissem agora? E se soubessem a vadia que ela realmente era?
Peguei meu celular no bolso e comecei a filmar a queridinha da cidade dançando feito uma stripper e cima da mesa. Se quisesse que tudo desse certo, eu precisava reunir provas.
Em algumas semanas todos veriam a verdadeira Lilith Walton em seu eu de verdade. Uma vadia manipuladora que se fazia de coitada na frente de todos, mas isso aqui era o que ela era. Guardei o celular quando Nate parou ao meu lado, segurando uma garrafa de cerveja e bebeu um gole.
— Você pode estar indo longe demais, Damian.
— Posso...?
— Não. Você está indo longe demais. — Eu arqueei a sobrancelha, cruzando os braços. — Você deu MD a ela.
— Eu não a forcei a nada. Dei uma escolha a ela e ela aceitou, agora as consequências são de responsabilidade dela.
— E se ela tiver uma overdose?
Fiz uma careta zombeteira olhando para o meu amigo. Eu sabia o que estava fazendo, Lilith não teria overdose com um comprimido. Além disso, estive de olho nela desde que ela ingeriu aquela droga.
Eu a observei dançar em cima da mesa por um momento e quase deixei um sorriso escapar, mas me recompus antes que Nate pudesse perceber e começasse a encher o meu saco.
— Eu respeito que você não queira me ajudar, mas se for para você me olhar assim, como se precisasse me jugar, você pode se afastar.
— Eu não estou te....
— Oh, você está, Nate e eu não preciso do seu julgamento agora.
Ele passou a mão pelo rosto, parecendo nervoso.
— Você sabe o que eu penso sobre as drogas....
— Nem todo mundo é igual a sua mãe.
Ele ficou em silêncio, e permaneceu observando o mesmo que eu. Lilith soltando tudo que esteve reprimindo durante toda a sua vida. Ela soltou o rabo de cavalo, deixando os cachos dourados caírem em seus ombros.
Seus olhos vagaram na multidão de caras ao seu redor, então alguém se aproximou dela. Forte, altos e cabelo preto.
