Há um ano Lilith perdeu o namorado em um acidente de carro enquanto os dois brigavam quando votavam de uma festa. Ela quem estava no volante, portanto ela se sentia culpada a ponto de se isolar nos próprios pensamentos.
Lilith tinha traumas, não ap...
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Era nítido que ele estava numa luta interna, sua respiração estava irregular e Damian olhava para todos os lados, buscando uma fuga.
Apenas uma desculpa, sei que era o suficiente para ele sair.
Eu me aproximei, mas ele não recuou.
Confesso que fiquei surpresa quando abri a porta da minha sacada e dei de cara com ele, não era alguém eu esperava apesar de ele ter me ajudado com minhas questões com o carro.
Ele tinha deixado muito claro que não gostava de mim.
Mas talvez eu devesse desacreditar dessa hipótese, já que ele acabou aqui no meu quarto.
Por que ele estaria aqui se não gostava de mim, certo?
Eu poderia estar sendo imprudente, com tanto aviso que ele me dava pra eu manter a distância.
Ele não era alguém que blefava.
Mesmo assim eu me sentia atraída pela sua presença.
Confesso que estava relembrando o acidente poucos minutos antes chegar, no habitual tormento da minha mente.
Mas desde que Damian pisou no meu quarto, não pensei nisso em uma única vez.
Toquei em seu braço e deslizei minha mão até a sua.
— O que você quer fazer? — Ele perguntou.
— Talvez possamos apenas nos deitar na minha cama e dormir. Você não precisa falar se não quiser.
Damian olhou para mim com uma mistura de surpresa e hesitação, como se estivesse tentando processar minha proposta.
Ele assentiu lentamente, eu aproximei da minha cama, tirando minha pantufa e me deitei me enfiando debaixo do cobertor.
No entanto, Damian ficou me observando como se ponderasse sobre seguir em frente.
Nós nos encaramos, então segurou a bainha da camisa, puxando sobre a cabeça e tirou.
Franzi a testa, quando ele foi até o outro lado da cama e tirou o celular, a carteira e um maço de cigarro, deixando sobre a cabeceira.
Damian se sentou na beira da cama, tirando a calça e ficou apenas de cueca.
— O que você está fazendo? — Perguntei.
— Não consigo dormir com roupas. — Ele respondeu, sua voz soando rouca.
Ele colocou os pés para cima da cama, cruzando as pernas e os braços sobre o peito.
Encarei o teto, respirando profundamente.
Talvez não tivesse sido a melhor ideia ter convidado Damian para dormir na minha cama.
Mas agora que estava aqui, eu precisava de um jeito para não focar nele e naquele corpo. Braços forte, abdômen definido.
