Capítulo 02

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  Por mais que as minhas experiências não seja 'lá' válidas, por conta da idade e mentalidade, que eram bem baixa por sinal, mas sentimentos são sentimentos. Nisso eu aprendi um pouco sobre como funciona um relacionamento. Por mais que eu tenha as vezes uma visão meio deprê, "do que é o amor(?)", tenho absoluta certeza que um dia eu serei muito feliz com esse tal amor da minha vida.

  'Sei lá' eu sou bipolar nesses assuntos.

  No dia seguinte eu ainda estava meio desconfiado sobre o aplicativo, mas acho que talvez seja pura coincidência, a vida tem dessas, quando você quer que algo não aconteça 'vai lá' e acontece, ainda mais com gente azarada tipo eu.

  Estava na cozinha junto com minha mãe tomando café da manhã, dessa vez havia acordado no horário certo. No entanto, percebi que a minha mãe estava mais alegre e energética, coisa que ela não é normalmente.

  A minha mãe trabalha pela tarde em uma casa de família, pela manhã ela faz as coisas em casa, como eu passo a maior parte do tempo fora por conta da faculdade, acaba que ela fica sozinha por essa longa parte do dia, e me sinto até culpado, pois sem perceber virei um filho ausente. Eu e minha mãe quando estamos juntos, principalmente nos finais de semanas, conversamos bastante, mas mesmo assim sinto que algumas coisas passam despercebidas. Odeio ser um filho ausente.

  Eu estava tomando café com leite em uma xícara qualquer, enquanto via algumas coisas sobre a matéria que estava estudando nesse semestre, pelo celular. Minha mãe estava perto do fogão fritando alguns ovos na frigideira, e quando acabou se sentou ao meu lado, assim começou uma conversa, quebrando aquele silêncio.

- Você ficou sabendo que a Rose tá na área? Eu a encontrei ontem quando voltava do trabalho.

- "Tá na área"? - Repetiu tais palavras em tom sarcástico, colocando sobre a mesa o celular que estava em uma de suas mãos, assim, dando mais atenção para a outra. - Desde quando a senhora fala assim?

- Vocês jovens não falam assim? Tô entrando na onda!

- Ah meu Deus, chegou a crise da meia idade.

  Ao escutar essas palavras, a outra teve um pequeno surto e começou a dar tapas no ombro de Yeosang que se defendia e dava gargalhadas da situação.

- Palhaço! - Reclamou. - Saiba que eu li a maior verdade numa revista!

- Qual?

- O espírito jovem nunca morre! Como diz aquela música das antigas: Forever young. - Sorrindo cantarolava e dançava tal música. - Eu ainda tô nos trinques!

- Você tá muito feliz mãe, algo que eu precise saber? - Disse curioso.

- Tá tão na cara assim?

- Sim! Você estava radiante como o sol.

- É que eu conheci alguém, mas ainda não é nada certo. - Disse sorrindo envergonhada. - Ele me convidou para sair hoje à noite.

  Aquilo me surpreendeu, desde que meu pai morreu quando tinha cinco anos, minha mãe se fechou totalmente para esse assunto, percebia o quanto ela se dedicava a mim pois sou o fruto do homem que ela tanto amou e ela não queria me perder.

Carta aberta para o meu cupido | Kang YeosangOnde histórias criam vida. Descubra agora