Capítulo 2.1

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Estou enfrentando aquele dilema familiar de não saber qual roupa escolher

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Estou enfrentando aquele dilema familiar de não saber qual roupa escolher.

— Sério, que nenhuma roupa vai ficar bem em mim? — indago, expressando minha frustração.

— Talvez você precise emagrecer, já pensou nisso? — responde minha mãe, casualmente.

O comentário atinge como uma agulha, furando a camada de confiança que eu tinha tentado construir. O desconforto cresce dentro de mim.

— Você acha mesmo? — pergunto, tentando esconder o quanto a sugestão me machuca.

Minha mãe não responde imediatamente, mas o olhar que ela lança para mim confirma o que ela pensa. Meu coração pesa, como se uma pressão invisível me empurrasse para baixo.

Nesse momento, a voz de meu pai me resgata.

— Eu acho que você está linda — ele diz, com um sorriso sincero, enchendo o ambiente de calor.

Suspiro aliviada e, ao me virar novamente para o espelho, começo a examinar meu reflexo com outros olhos. Meus dedos deslizam suavemente pelo meu cabelo, enquanto meus olhos vasculham cada detalhe da minha aparência, procurando por falhas que confirmassem as palavras de minha mãe.

No entanto, para minha surpresa, encontro algo diferente. Meus olhos se detêm no brilho dos meus próprios olhos, no sorriso que, apesar de hesitante, ilumina meu rosto.

"Eu estou linda", murmuro para mim mesma. Dessa vez, não é apenas uma tentativa de me convencer. É uma verdade que começa a se enraizar.

Escolho uma roupa que reflete meu estilo, algo que me faz sentir bem e, acima de tudo, confortável na minha própria pele.

Quando olho para o espelho novamente, vejo mais do que apenas uma jovem em um vestido. Vejo uma mulher confiante, alguém que começa a perceber o valor que carrega além da aparência.

Desço as escadas com o coração um pouco mais leve. O aroma de café da manhã que minha mãe preparou enche a casa, e por um momento, consigo deixar as inseguranças de lado.

Meus pais estão à mesa, e mesmo depois do comentário dela, sinto-me grata pelo ambiente de amor e carinho.

Enquanto saboreio a refeição, meu pai olha para mim com um sorriso de orgulho, e as palavras dele ecoam em minha mente, dissipando qualquer dúvida.

— A família do Marcos vai chegar daqui a pouco — comenta minha mãe, quebrando o silêncio.

— Quem é Marcos? — pergunto, curiosa.

— É o filho da nossa amiga, Ana. Eles vão passar o fim de semana conosco — responde minha mãe.

A campainha toca e minha mãe se levanta para atender. Ouço vozes no corredor e meu coração começa a bater mais rápido.

— Pronta? — pergunta minha mãe, voltando para a cozinha.

— Sim — respondo, levantando-me.

E então, Marcos entra na cozinha, sorrindo.

— Oi, eu sou Marcos — ele diz, estendendo a mão.

— Oi, eu sou Amélia — respondo, sentindo um arrepio ao apertar sua mão.

Seu olhar é familiar, e eu me lembro da noite na praia, quando nos encontramos sob as estrelas. Sinto um calor subir ao meu rosto, e meu coração bate mais forte.

— Vamos nos sentar — sugere minha mãe, quebrando o silêncio.

E assim, nos sentamos para o café da manhã, com Marcos ao meu lado, e uma sensação de expectativa no ar.

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Continua...

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