Ela era o meu porto seguro entre o bem e o mal.
E o que ela diria dessa vez?
Posso até carregar o fardo de perder alguém que eu nunca tive, mas não saberia dizer o que faria se falhasse outra vez.
Outra vez, outro tempo, bem longe, lá no passado, fui responsável por perder aquela que tanto amei.
Sem ela aqui, vou aguentar até que ponto? Sou refém de tudo o que falamos, dos planos e dos desejos. Ainda lembro daquela viagem que planejamos, abstinências de amores em doses rasas me lembram do dela em que eu podia mergulhar de cabeça.
Sou refém daquele sorriso bobo, dos olhares incendiantes e dos beijos transformadores. Se fecho os olhos, ainda vejo ela. Se abro os olhos, decepção.
Conversas fluidas como o rio faziam meu peito ficar regado como no Éden. As tardes de domingo não eram entediantes.
Já perdi a conta de quantas vezes disse que te esqueci, mas, na real, estou bem longe disso.
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O jardim das palavras nunca ditas
Poesía"O Jardim das Palavras Nunca Ditas" é um mergulho profundo nas emoções não expressas, nas palavras que permanecem não ditas. Entre versos delicados e poderosos, o autor explora os recantos da alma humana, revelando os segredos guardados, as confissõ...