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BICHENTO. em algumas palavras fez com que Arabelle sentisse um leve nome familiar debaixo da língua, um nome vinha em sua mente, H-E-R-M-I-O-N-E, Bichento era o familiar de Hermione em uma linha temporal distante, nessa era uma mulher com o corpo áspero como troncos de árvores e cabelos de folhagens esverdeadas e algumas cerejeiras e os olhos castanhos, a voz da criatura era gentil, Bichento se tornou sua criada conforme os dias se passavam, ela havia aceitado sua realidade atual , Harry sequer aparecia em seus aposentos no qual denominou como masmorra, estava quente, Escócia estava dando seus primeiros vislumbres de Verão  em pleno o mês de Março, ela sentia seu corpo ranger por debaixo dos lençóis, passava dias sozinha e já estava farta daquilo, as portas estavam muito bem fechadas, e aquele colar ou melhor dizendo, aquela coleira que ficava presa sobre seu pescoço estava ali intacta, ela era feita de prata, e tinha palavras em grego que ela não entendia, o quarto estava quente e a única coisa que aparecia de uma e uma hora era apenas uma limonada gelada no canto da porta ou uma torta refrescante de morango.

Mas se passando alguns dias, ela finalmente se cansou, depois de algumas horas de Bichento ter sumido após fazer um lindo penteado em seus cabelos longos e trocado suas camisolas, ela finalmente com um grampo e com uma pinça que encontrou debaixo do tapete aveludado, com muito esforço e persistência no qual sentia seus braços gritarem de dor, ela finalmente destravou a tranca, o rangido da porta e o seu coração temeroso começou a bater forte, se levantou afinal estava ajoelhada perto da porta cautelosamente, fechou a porta atrás de si e saiu, não pensava em fugir, algo a forçava a ficar, os quadros realmente falavam e se comunicavam entre si, a olhando de forma curiosa e julgadora.

'' é a nova garota' '  Disse o Quadro de uma senhora surpresa

''Ela parece apática''Disse um quadro de um menino.

''O Garoto a mantém presa enquanto se acaba de beber todas as noites em seu escritório' 'fuxicou um quadro feminino.

'' isso quando ele não se diverte com prostitutas''respondeu uma voz masculina.   

— Calem a boca—ela falou baixo enquanto tentava se localizar com a única luminosidade que viam por intermédio de tochas e velas que flutuavam  por aqueles enormes corredores, ela viu uma luminosidade, a guiando, a mesma luminosidade que a atraiu até o espelho em seu mundo, ela ouviu vozes, vozes masculinas e femininas que discutiam de forma acalorada, ela se escondia nas sombras enquanto ficava espiando pela fresta da porta, era ele, se encontrava nervoso e pálido amarrado e contido por correntes em uma cadeira enquanto Bichento apontava a varinha para ele de forma insegura e trêmula.

Ele estava com os olhos fundos e sem vida, suor percorria sobre seu rosto assim como a expressão de desprezo olhando para Bichento que se encontrava nervosa, ele se babava e a olhava de forma diabólica e brutal, ela não via Harry ali e sim um homem no qual aquele olhar se tornava de certa forma familiar, ela colocou as mãos na boca abafando o choque naquilo que estava vendo, ele parecia ferido e se tremia dos pés a cabeça.

—Faça.— disse ele entre os dentes e apertando os os braços da cadeira, ele parecia desesperado por aquilo, desesperado pelo que Bichento poderia proporcionar.

— Eu não..— foi interrompida.

— Faça agora ,droga!— como resposta ele se contorceu mais ainda, como se uma energia mórbida estivesse dominando o local e como se a expressão de Harry também estivesse mudado, o olhar caído e presunçoso, os olhos que antes eram azuis se tornaram verdes florescentes como a maldição da morte.

CORROMPIDOS -HARRY POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora