16 Peaches

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  Lucca só parou de depositar selinhos em Noah porque ele notou que a pele de cor marfim já estava em um tom quase roxo.

Ele vai explodir. — o peito de Noah estava frenético como o de um passarinho.

  O maior se afastou cuidadosamente e pode ver o rosado desnorteado.

Eu vou morrer. — pensou abaixando-se para pegar os palitinhos queimados no chão.

  As mãos de Noah tremiam como bambu em ventania, os olhos estavam brancos e saltados para fora, o comportamento chamou a atenção de Lucca.

— Desculpa, fui brusco demais.

— N-Não, t-tudo bem... Acho que está tudo bem. — o rosto que antes tinha uma cor intensa, agora estava sem nenhuma.

— Já está ficando Tarde, eu vou te deixar em casa.

— N-Não sou uma garota pra você querer fazer isso, né? — foi rude sem intenção. — Não... Quero dizer... Eu não precis... Você não precisa se dar ao trabalho.

— Tudo bem. — assentiu com a cabeça.

  Os dois homens foram embora de táxi. Sem escolha, Lucca acabou deixando Noah em casa, já que no caminho seguido pelo motorista, a primeira parada era na localização do rosado.

  Era onze e meia da noite quando Lucca chegou em casa, Christopher ainda estava jogado no sofá e esperava por ele.

— E aí!? — sentou-se em um pulo.

— Beijei.

  O queixo de Chris caiu no chão.

— Mas, e aí? —  Christopher especulou.

— Acho que ele não gostou.

— Por que? — o semblante espantado se retraiu.

— Ele parecia muito nervoso.

— Entendi... — Chris relutava buscando por uma solução. — Nessa sexta-feira que está se aproximando, eu vou ir para a casa dos meus pais. — disse fazendo uma das sobrancelhas de Lucca se arquear. — Dessa vez não é mentira, eu realmente vou ir para a casa dos meus pais.

— Onde você quer chegar com isso?

— O que você faz de melhor? Cozinhar... Convidá-lo para um jantar aqui em casa seria uma boa.

— Se ele aceitar, ele gostou do beijo, caso contrário significa que não?

— Acho que essa é a lógica. — assentiu. — Mas, não precisa dizer nada sobre eu estar aqui ou não, apenas o convida.

...

— Meu Deus. — sentou-se no sofá da sala.

  O momento se repetia em looping na cabeça de Noah, ele não estava acreditando no que tinha acontecido.
   Noah encolheu-se no sofá e colocou a mão no peito; seu coração ainda pulava desesperadamente. Ainda era possível sentir o toque pesado da mão de Lucca em seu rosto. As mãos de Noah repetiram o toque inconscientemente.

— Droga, o que estou fazendo? — afastou a mão do rosto. — Como eu vou olhar pra ele? Eu não gosto de como as coisas estão indo.

[ Segunda-feira de manhã. ]

— Cade o Noah? Ele ainda está no escritório? — Ana.

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