17. Em Chamas

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Ao entardecer, Apolo e Rana decidiram sair, enquanto seus amigos se divertiam na piscina. Rana estava determinada a resolver as coisas e a colocar um fim em sua agonia, mas Apolo não estava entendendo do que aquilo tudo se tratava. Estava levemente ansioso, ela havia pedido para sair com ele por que tinha algo de importante a dizer? Será que havia se cansado dele e não queria mais a sua amizade? Ou será que ela estava pronta para dar mais um passo na relação entre eles? De qualquer maneira, ele não sabia, mas decidiu que dessa vez não deixaria que esse sentimento de ansiedade e insegurança o dominasse.

Se arrumou, buscando não pensar muito sobre quais seriam as intenções da garota com esse encontro. Saiu para fora e aguardou parado em frente a seu carro.

Ao ouvir passos se aproximando, ele pôde vê-la. Lá estava ela, como uma miragem de seus sonhos e desejos mais profundos, com um vestido leve de verão. Ela o olhou de volta da mesma forma por alguns segundos.

Rana: "Pronto?"

Apolo: "...Hum?"

Apolo: "Ah! sim, pronto"

Ele respondeu depois de alguns segundos, logo em seguida abrindo a porta do carro para Rana e a fechando assim que a garota entrou.

Apolo começou a dirigir pela cidade um pouco sem rumo, ambos estavam olhando por todos os lugares em busca de algo que pudesse interessa-los. Era um desses tipos de passeios sem planejamento, o tipo de passeio em que você não sabe o que vai fazer e não importa, desde que você esteja com a pessoa certa. A dupla percorreu a cidade com o carro durante algum tempo, até que Rana observou uma praça pela janela e achou que poderia ser uma boa ideia se eles ficassem por ali.

Rana: "E se a gente parasse por aqui? Podemos caminhar um pouco para explorar a cidade"

Apolo: "Eu gosto da ideia"

Apolo: "Espera um pouco, eu vou estacionar o carro"

O rapaz estacionou seu carro, saiu e foi logo abrir a porta para sua parceira.

Apolo: "Senhorita..."

Ele disse, oferecendo sua mão como um apoio para ajudá-la a sair e indicando o caminho ao seu lado com a outra. Ela a segurou, agradecendo.

Rana: "Hum, que cavalheiro... Obrigada!"

Apolo: "Ao seu dispor"

Ambos trocaram olhares cúmplices por alguns instantes e Rana continuou segurando Apolo pela mão enquanto o guiava em direção a cidade. Não foi um gesto estranho, eles gostavam daquela proximidade e do toque suave de suas mãos uma contra a outra, algo que chegava a ser tão imperceptível de tão natural... era simplesmente tão certo.

Eles caminharam um pouco até passarem ao lado de uma sorveteria onde decidiram parar. Assim que adentraram o local, se posicionaram um ao lado do outro, foi só neste momento que perceberam o contato um com o outro, mas isso não os incomodou. O clima entre eles estava muito bom e por isso não havia sobrado espaço para o nervosismo de antes.

Apolo: "Nós... podemos pegar um sorvete para darmos uma volta na praia, o que acha?"

Rana: "Vamos sim"

A dupla parou alguns segundos para analisar as opções do cardápio. Rana se interessou por um sabor que nunca havia experimentado antes e decidiu que o escolheria, já Apolo ficou algum tempo em dúvida com o grande repertório de sabores a sua frente.

Apolo: "Estou pensando em pegar esse gelato de maracujá... Ele me parece ser bom, e você?"

Rana: "Vou pegar o gelato de amora silvestre."

𝑶 𝑷𝒆𝒔𝒂𝒓 𝑫𝒐𝒔 𝑯𝒆𝒓𝒅𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora