UMA PROPOSTA...

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Era um domingo, chovia e fazia muito frio em Mineral Ridge. Não costumavam chover muito na cidade, todos ficavam dentro de suas casas, crianças não saiam para brincar, adultos trabalhavam em casa e outros iam para o trabalho do mesmo modo, e isso enquanto, nas profundezas da Terra alguém selava um acordo.  

Os olhos vermelhos de alguém brilhavam sob a escuridão das profundezas, esta, usava um longo vestido preto, também tinha um cabelo longo da mesma cor, sua pele era pálida e usava um colar igual ao que a menina em que conversava estava usando.

- Mandou me chamar, mãe? - Uma garota saindo da escuridão e se revelando um pouco mais da vestimenta.

- Sim, preciso de um favor seu. - A mulher respondeu com uma voz forte e empoderada.

- Pode dizer. - ela respondeu confiante. -Posso ajuda-la em que? - a garota usava uma saia, camiseta e sapatos pretos, tinha olhos confiantes e vermelhos do tom mais obscuro.

- Filha, você sabe da última guerra entre nós com aqueles anjos medíocres que vivem nos atrapalhando e que por tal motivo aquela Celestial teve que colocar seu filho nas mãos de uma viva para garantir sua salvação e que não tivesse  traumas por causa da guerra. - Ela fez uma pausa e contínua - portanto precisamos nos vingar dos anjos de alguma forma

- A senhora quer que agente faça um extermínio de todas as vidas que existem no planeta Terra e...

- Claro que não Filha! Você não me deixou terminar! - A mulher interrompeu a menina - Eu quero que você traga a alma dele até mim que vou faze-lo se tornar um de nós.

- Entendi... Mas como vou fazer para ir à Terra??

- Há... Quanto a isso você pode ficar tranquila- ela vira para traz  encara a grande janela que da de cara com a lua -  tenho tudo sob controle, te darei algumas semanas para realizar o trabalho e eu exijo que isso de certo. Pode se retirar, filha.

A menina sai do local devagar, deixando a Rainha Marley sob seus próprios pensamentos.

Enquanto ficava com seus pensamentos, na cidade chovia e fazia muito frio, Noah um garoto muito plácido, quieto e fechado morava em uma casa enorme e muito bonita, sua mãe tinha muito dinheiro. O menino costumava ficar todos os dias, de chuva ou com sol dentro de casa, ficava lendo seus livros, estudando ou então assistindo alguma coisa na TV.

O novo ano letivo se aproximava e todos os estudantes já estavam despreparados, Noah, por sua vez, não se preocupava tanto com isso, na maior parte do tempo ficou lendo e observando alguma coisa. 

Já entardecia e havia parado de chover porém a brisa e a névoa fria ainda estava no ar. Deitado em sua cama, Noah pegou seu celular e parou, pela primeira vez, para ver algumas mensagens e seus materiais que deveriam estar na escola. Tudo estava bem tranquilo, então sua mãe grita do andar de baixo:

- Noah, meu filho, vem cá! O jantar está pronto!

O garoto desce as escadas sem fazer muito barulho, no andar de baixo uma janta o esperado. Noah morava só com a mãe, seu pai havia morrido a muito tempo e nunca poderia vê-lo. Em um instante de silêncio a curiosidade bateu no menino, então ele perguntou:

- Mãe - o menino começou enquanto se jogava na cadeira - como era meu pai? 

- Há... - a mulher da uma tossezinha de leve. - Bem... meu filho... é que... ele já morreu, faz muito tempo e você não precisa querer lembrar dele, nós já conversamos sobre isso.

- entendi... - ele fez uma pausa e depois contínua - não tem nenhuma memória dele? Tipo... foto?

-Oque... Não. - Dona Marina já parecia estar irritada e entediada com a conversa. - agora coma porque vai esfriar.

- "não." É sempre não né mãe? Para que tanto suspense? - o menino bate na mesa irritado - Porque toda vez que falo do meu pai você muda de conversa? Porque em?!

- Eu... Você não precisa saber sobre ele. - ela abaixou um pouco a cabeça - agora coma e vá dormir, esta ficando tarde. 

-Agora não - Noah levanta a cadeira e vai para perto do corredor - Perdi a fome. Boa noite.

D. Marina se levanta de forma rápida para chamar o garoto de volta à mesa, porém já não estava mais sob sua vista, cansada e entediada a mulher se senta e encara a mesa por alguns segundos, um tempo depois ela consegue falar a mesma coisa :

- Mas este menino não se cansa mesmo não é? - a mulher bufa - Não fala outra coisa além do pai...Ele ainda vai se decepcionar muito comigo...

No quarto, o menino se preparava para ir dormir, ele odiava domingos, véspera de ir na escola, era irritante! Colocou a mochila sobre a cama, arrumou seus materiais, deitou-se esperou em alguns minutos de silêncio, depois disse em voz baixo:

- Ainda vou descobrir mais sobre meu passado, não é possível que a minha mãe não tenha uma foto do meu pai...

Em alguns minutos a casa já estava em completa escuridão e silencio, até se ouvir um barulho no telhado, um vulto rápido passou pela janela de Noah, o menino se levantou rapidamente pelo barulho, olhou a janela, todos os lados, não encontrou ninguém nem sinal de vida.

 - Deve ter sido um destes gatos ou animais que ficam bagunçando durante a noite.

Andou até a cama  sentou-se, porém antes que fosse dormir, percebeu que as luzes por debaixo da porta estavam acesas, curioso se perguntou:

- Nossa mas a minha mãe não deixa as luzes acesas durante a noite... - olhou para a janela e depois voltou-se para a porta. - é melhor eu dar uma conferida.

Andando, sem medo, foi até a cozinha, observou que tudo estava aceso e um quadro de fotos estava no chão, caído. Aproximou-se e o pegou do chão, na imagem mostrava Noah e sua mãe. O menino olhou ao redor desconfiado, mas depois de pensar um pouco disse:

- Ha... antes dela ir para cama ela deve ter esquecido as luzes acessas ...Agora é melhor eu ir dormir.

Colocou o quadro sobre a arquibancada, apagou as luzes e foi direto para o quarto 


Davilish LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora