UMA DESCOBERTA.

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Quando finalmente o sol nasceu no céu daquele dia, Noah já estava de pé terminando de se arrumar, o dia havia amanhecido um pouco frio, mas isso não impediu que Noah saísse de casa, ele precisava sair, esclarecer as ideias, deixar um pouco a casa, a noite anterior não tinha sido muito divertida.

Por alguns minutos tudo ficou em silêncio, a casa também estava, D. Marina deveria estar dormindo ainda, Noah fez questão de acordar cedo para evitar mais uma conversa "criada" por sua mãe. O menino desceu das escadas em silêncio e foi até a cozinha, pegou uma maçã e foi para a escola de bicicleta.

O garoto sai de casa sem olhar para trás, quando finalmente chega à escola vai direto para a sala esperar os professores enquanto escuta música, porém, Amy, chega para atrapalhar seu sossego:

- Noah - A menina chama-o 

- Fala, Amy. - o menino responde frio

- Já sabe quem vai chamar o baile da escola? - ela pergunta esperançosa 

- Vai ter isso de novo na escola? - o menino pergunta enquanto tira o fone dos ouvidos

- Claro que vai ter! Esta mundo todo comentando... - ela responde com um tom mais forte - Mas e ai? Vai chamar quem?

- Há... - ele disse pausadamente - Não... não sei ainda.

Antes que Amy responda, Luna chega à sala sentando-se em seu lugar, atrás de Noah, Amy olha para lá como se estivesse atrapalhando a conversa dos dois, Luna enquanto sentava na carteira 

- Atrapalhei alguma coisa? - Luna pergunta já sabendo que a resposta seria um "não".

Não. Claro que não! - Noah disse para Luna enquanto olhava para Amy com uma cara de quem queria não começar a discutir.

Após alguns segundos só de silêncio entre si, a professora finalmente chega animando um pouco mais a sala, enquanto Amy se volta para seu lugar, um pouco irritada.

Após alguns minutos de aula, Noah chama Luna em voz baixa, mas para a sua surpresa ela já estava encarando-o, quando Luna percebe Noah, ela toma um susto:

- Que susto! - Ela fala para ele colocando a mão sobre o peito, ainda em voz baixa - Quer me matar?

- Que susto digo eu, porque você estava me encarando?! - ele pergunta surpreso

- Eu... Estava olhando para o quadro, você deve ter se confundido! - Ela disse gaguejando mas logo se irritando - Fala logo o que você quer.

- Já até esqueci... - Ele olha para ela, que parecia estar com um olhar estranho, para baixo. - Você está bem, Luna?

- Estou sim... - O sinal bate e Noah não sai da sala, ele espera Luna. - Vamos

Luna e Noah saíram da sala e foram direto ao centro do pátio escolar, a menina estava com uma cara séria, por algum motivo ela sentia como se algo de ruim fosse acontecer, seus pressentimentos nunca falhavam!

Noah percebeu seu desgosto, geralmente a menina sempre mantinha um olhar firme e impulsivo sobre todos, curioso, o menino pergunta:

- O que foi, Luna? 

- Nada... - A menina olha para os lados procurando por alguém, ela parecia irritada - Fica ai, eu já volto!

Noah, sentado, observa a garota com um sorriso pequeno, a menina corre até seu armário e esbarra com o que já suspeitava, ela se aproxima, Amy estava olhando armário de Luna, a menina tinha esquecido ele aberto, enquanto Bia estava atrás mexendo em seu celular, não estava dando muita importância para a situação:

- Não há nada aqui! - Amy dizia com raiva

Luna se aproximou ainda mais com raiva, com força, fechou a porta do armário para chamar sua atenção, no mesmo instante gritou irritada:

- Quer uma "ajudinha", Amy?!

- Ai! - A menina solta um berro, assustando Bia, logo a suas costas - Garota, você é maluca?

- A única maluca que estou vendo aqui é você! - Luna se mostrou irritada - O que você estava fazendo no meu armário?

- Estava procurando mais sobre você! - Amy respondeu intimidando-a - Você é muito estranha, Luna! 

Por um momento, Luna, parecia surpresa com aquela resposta, porém, respondeu com firmeza:

- Nossa como você tem uma imaginação fértil! - Respondeu com ironia enquanto trancava o armário - Além de maluca é infantil, sai dessa garota!

Antes que Amy respondesse, Luna deu as costas deixando Amy com Bia, que ainda estava em silencio surpreso com o que viu.

Luna deu a volta no corredor, voltando para o local aonde Noah esperava por ela, curioso, se levantou e perguntou:

- O que aconteceu? 

- Nada de mais... Vamos?

O sinal bateu e os dois voltaram para a sala, andando com calma, enquanto conversavam.

                           Ao final da aula, todos se encontravam do lado de fora da escola:

- Vamos, Luna! - Noah disse com um sorriso pequeno puxando-a pela mão - Te vejo as duas na minha casa hoje!

- Tudo bem... - Luna retribui-o com um sorriso pequeno.

Amy e Bia que saiam, viram a cena no mesmo instante:

- Parecem duas crianças! - Amy disse com raiva - Que ridículo!

- Eu achei fofo... - Bia retribuiu com ingenuidade 

- Como? - Amy estava irritada com aquele comentário, agora.

- Nada não. - bia respondeu tentando evitar uma briga com a amiga - Vamos?

As amigas saíram da escola enquanto conversavam, aquele dia realmente foi muito cheio para elas.

Noah caminhava de volta para sua casa com um sorriso pequeno, dificilmente ele tinha uma reação assim. Porém isso mudou quando viu uma mulher estranha observando sua casa sorridente:

- Bom dia! - Ele disse se aproximando - Posso ajuda-la?

- Oi, você mora aqui? - Ela perguntou curiosa

- Sim, com a minha mãe... - Ele respondeu observando um pouco mais, ela vestia uma calça jeans, uma camiseta amarela vivaz e seus cabelos eram da cor do sol - Você já morou aqui?

- Oh, sim! Há muitos anos atrás... - Ela disse olhando para a casa, como se estivesse recordando memórias

- Você lembra quem veio compra-la? Como era? - Ele perguntou pensando que ela já conhecera seu pai

- Sim! Era apenas uma mulher e um bebe, era você! 

- Não tinha nenhum homem? - Noah perguntou esperançoso

- Não... Sempre foi você, Noah e a D. Marina. - Ela olhava para o menino, desta vez, observando cada detalhe seu.

- Como sabe meu nome e o da minha mãe? - Ele perguntou surpreso, nunca tinha visto aquela mulher na sua vida

- Há... Já fomos amigas. - A mulher olhou para o garoto - Tenho que ir, nos vemos mais vezes!

- Tudo bem... Espere, qual seu nome... - Ele perguntou mas ela já tinha pegado um táxi próximo - Droga! Minha mãe mentiu para mim, de novo, nunca teve um homem morando aqui...De qualquer forma, vou esperar para ver se tenho mais alguma dica sobre isso.

Ele entrou na casa e fechou-a.

Davilish LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora