Alianças de Areia

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Na exuberante sala de audiências do palácio Martell em Sunspear, Visenya e Baelon Targaryen aguardavam nervosamente a chegada do Príncipe Qoren Martell. O aroma de especiarias exóticas pairava no ar enquanto os irmãos se mantinham dignos diante das grandes portas de ébano.

Quando Qoren finalmente adentrou, sua expressão era majestosa, mas logo se transformou em desdém ao perceber Baelon, cujos olhos brilhavam com uma inocência infantil. Visenya, ciente da condição de seu irmão, fixou um olhar firme enquanto Qoren se aproximava.

Contudo, o choque dominou o rosto do Príncipe Dornês quando Baelon, cativado por uma tapeçaria colorida, começou a rir de maneira despreocupada, revelando sua natureza encantadora e vulnerável. Visenya mal teve tempo de reagir antes que Qoren, incapaz de compreender a simploridade de Baelon, desferisse palavras cruéis.

"Que tipo de tolice é essa?", zombou Qoren, seu tom desdenhoso ecoando pela sala. "Dorne não precisa de crianças mimadas e insensatas."

A tensão se espalhou pela sala quando Baelon, incapaz de processar o desdém, caiu em uma crise violenta. Seu corpo se debatia no chão, enquanto Visenya, furiosa, sacava uma adaga e avançava na direção de Qoren.

"Como se atreve a insultar meu irmão?", ela vociferou, os olhos faiscando de fúria. "Você é um príncipe sem compaixão, cego para a verdadeira grandeza que está diante de você!"

Qoren, agora em choque diante da revelação da condição de Baelon, mal teve tempo de reagir quando Visenya, impulsionada pela raiva e pelo amor fraternal, apontou a adaga na direção dele.

Enquanto Visenya mantinha a adaga firmemente apontada na direção de Qoren, sua respiração estava pesada e seus olhos transbordavam fúria. O silêncio na sala era palpável, quebrado apenas pelo som dos gemidos de Baelon no chão.

Qoren, ainda chocado com a revelação da condição de Baelon, ergueu as mãos em sinal de rendição. Seus olhos encontraram os de Visenya, reconhecendo a intensidade de suas emoções.

"Eu... eu não sabia", murmurou Qoren, sua voz soando sincera pela primeira vez desde sua chegada. "Não sabia da condição de seu irmão. Foi um mal-entendido.”

Visenya, embora ainda enraivecida, sentiu uma pontada de dúvida diante da sinceridade nas palavras de Qoren. Ela abaixou lentamente a adaga, mas não recuou. Sua postura permanecia tensa, pronta para agir se necessário.

"Isso não justifica suas palavras cruéis", respondeu ela com frieza. "Mas por enquanto, vamos nos concentrar no que realmente importa: a aliança entre nossas casas."

Qoren assentiu, aliviado por evitar um confronto ainda maior. Ele se aproximou cautelosamente de Visenya e Baelon, mantendo uma distância respeitosa.

"Por favor, me permita corrigir meu erro", disse ele com humildade. "Deixe-me ajudá-lo.”

Com cuidado, Qoren se ajoelhou ao lado de Baelon e ofereceu sua mão. Visenya observou com cautela enquanto seu irmão, ainda tremendo, permitia que Qoren o ajudasse a se levantar.

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