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Dia 0

No ano de 2138 DC, o gênero de DMMO-RPGs - isto é, Dive Massively Multiplayer Online Role Playing Game - floresceu e se tornou uma visão comum, e na vanguarda estava, ou talvez fosse melhor dizer 'tinha sido', Yggdrasil . Com o tema da mitologia nórdica e o nome da mítica Árvore do Mundo, Yggdrasil provocou uma espécie de renascimento nos jogos multijogador massivo como um todo, com sua capacidade incomparável de customização e personalização, desde a raça básica e mecânica de classe até designs estéticos, magia e até guildas.

Com um limite de nível total de cem e um limite de classe de quinze, eram necessárias no mínimo sete classes para atingir o nível máximo. Com mais de duas mil classes possíveis quando você soma as classes normais e de alto escalão, as chances de encontrar alguém com uma construção idêntica à sua eram praticamente impossíveis sem sequer levar em consideração o potencial de ter uma variedade ainda maior de classes do que apenas Sete.

Mas o nível de liberdade oferecido aos jogadores não se limitou à mecânica, estendeu-se ao visual. Exigindo ferramentas vendidas separadamente, era possível alterar a aparência de armas, armaduras, edifícios, personagens - praticamente tudo poderia ser redesenhado de acordo com as especificações do jogador, desde que ele tivesse dinheiro para comprar as ferramentas e a habilidade para usá-las.

E a conquista final impressionante de Yggdrasil foi o tamanho do mundo. Nove mundos natais com o tema dos reinos míticos da mitologia nórdica estavam disponíveis para os jogadores, consistindo em Asgard, Alfheim, Vanaheim, Nidavellir, Midgard, Jotunheim, Niflheim, Helheim e Muspelheim.

Esses recursos – o vasto mundo, inúmeras classes e controle criativo completo sobre os recursos visuais combinados para criar um jogo que foi um sucesso titânico.

Mas para todas as coisas que começam, elas também devem terminar.

Ao longo de uma vida de doze anos, o sucesso de Yggdrasil começou a diminuir e vacilar. Novos avanços tecnológicos, novas ideias, novas formas criativas. Essas coisas eram inevitáveis, e era lógico que com o tempo, mesmo com atualizações por parte dos desenvolvedores, o titã dos RPGs DMMO, Yggdrasil, sucumbiria e abriria caminho para jogos mais novos. Era assim que as coisas eram.

Por isso, neste dia, à meia-noite, Yggdrasil ficaria offline. Na maior parte, Yggdrasil era uma relíquia do passado dos jogos. Uma ocorrência inevitável à medida que as rodas velozes do mundo da tecnologia avançavam para novos patamares. O fato de ter durado doze anos foi uma prova de sua natureza pioneira, mas agora havia pouca fanfarra enquanto os preparativos eram feitos para colocar o titã para descansar.

Sozinhos em seu luto estavam os poucos que ainda jogavam e os desenvolvedores que o viram crescer.

Foi neste cenário que Momonga estava na sala de reunião da sua guilda, Ainz Ooal Gown, sentado em uma mesa redonda que tinha 73 membros luxuosas cadeiras dos membros mais terríveis e temidos do Yggdrasil. Era um momento triste para o líder, pois sabiam que aquele era o último dia do jogo.

Observando em silêncio seus amigos, Momonga sentia uma tristeza profunda. Ele sabia que jamais poderia voltar a desfrutar daquele mundo virtual incrível. Olhou ao redor da sala, vendo seus companheiros de guilda compartilhando memórias e experiências do jogo. Cada lembrança era como um golpe no coração, sabendo que tudo estava prestes a desaparecer.

Momonga olhou para cada um de seus amigos - sua família. Primeiramente, a coisa que mais o deixou surpreso foi a volta sobrenatural de Bellriver, que tinha sumido há três anos e de repente apareceu no último dia do jogo. Segundo ele, ele precisava de um tempo para refletir sobre sua situação de vida... Bem, o importante é que ele voltou e agora lamentava por não estar nos momentos mais épicos da guilda.