A grande jornada do pequeno Ernesto na terra de Oz - Capítulo 01

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A grande jornada do pequeno Ernesto na terra de Oz
(Também publicado como livro físico pela Opera Editorial ^^)

O pequeno e inteligente Ernesto vivia em uma pequena fazenda no Kansas, com seus pais. Tinha oito anos de idade, e era dono de uma personalidade extrovertida, amável, animada e brincalhona. Quando não estava ajudando os pais em alguns serviços da vida no campo ou quando estava na pequena escolinha rural das redondezas, brincava e sonhava com amor.

— Ernesto, venha! O almoço está posto. — gritou sua mãe, de longe. Ernesto estava brincando no balanço improvisado que havia ajudado a construir com o pai há alguns anos, e que agora já não dispunha de tanto espaço para si, mas que ainda era seu pequeno xodó.

O pequeno tinha uma relação incrível e saudável com seus pais, mas especialmente com sua mãe. Ela era feliz, animada e muito bela, sempre de bom humor. Todas as noites, ela o colocava para dormir e contava histórias maravilhosas sobre um mundo mágico além do arco íris, onde os sonhos se tornam realidade e onde bruxas boas e más vivem. Ela dizia que havia lido sobre tudo aquilo em um livro muito antigo de sua família, mas que o havia perdido em algum momento de sua infância.

— Prepare se, querido — disse a mãe, após todos se sentarem à mesa e fazerem a oração. — Pois amanhã vamos visitar a família Foster. Eles nos convidaram para o chá da tarde.

— Ah, mamãe, mas você sabe que o Charles não vai com a minha cara!

Charles era o filho mais novo da família Foster, de mesma idade do pequeno Ernesto. Não se bicavam, e Charles vivia de provocar o pequeno em todas as ocasiões que encontrava.

— Eu sei, meu bem. Mas pense que talvez essa seja a oportunidade perfeita para resolver seu confronto com Charles. Vocês dois são apenas crianças, e tenho certeza de que devem possuir muitos gostos em comum.

— Sim — interveio o pai — Soube que Charles também gosta de brincar de esconde-esconde.

— Todas as crianças gostam, papai. Isso não dá pontos para ele.

Os três riram

— Apenas faça um pequeno esforço, querido, e tudo ficará bem. Se você quiser, eu mesma fico com você durante o tempo todo.

— Você não pode fazer isso, mamãe. Se não, a senhora Margareth Foster vai se queixar durante toda a tarde que não tem quase ninguém para conversar, e você sabe que ela é bem velhinha e...

— Sim, querido, eu entendo — os três riram.

Apesar de não terem condições financeiras altas, eles eram felizes. Ali havia amor, e isso era tudo que realmente importava. Às vezes, a colheita não dava tantos resultados, ou as secas atrapalhavam o crescimento das plantações. Mas nunca haviam de fato passado por um momento muito ruim.

No dia seguinte, o pequeno Ernesto havia se arrumado especialmente para visitar a família Foster. Eles eram uma numerosa família de sete pessoas, e eram os mais ricos de toda a região. Margareth Foster era a viúva e matriarca principal da família. Ela tinha pouco mais de setenta anos e era conhecida por seu temperamento um tanto quanto... Exótico, e também por gostar de ser o centro das atenções. Depois estavam seus filhos, Hermes, o mais velho e principal provedor da família, Colin, o irmão do meio, e Mary, a mais nova. Também a esposa de Hermes e sua filha, a doce e gentil Charlotte, de dezesseis anos de idade, e o pequeno Charles. Colin estava noivo e muito provavelmente a casa em breve contasse com um novo acréscimo, e Mary nunca havia se casado. Apesar de tudo, eles tinham um bom coração, e sempre ajudavam as fazendas vizinhas em momentos de dificuldade e aflição.

— Como estamos hoje? — perguntou o pai de Ernesto, quando os três já estavam na carroça em direção a fazendo da família Foster, que ficava há pouco mais de dez minutos de distância.

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