A grande jornada do pequeno Ernesto na terra de Oz - Capítulo 03 (Final)

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De longe, avistaram o lindo castelo da bruxa Tânia. Ele era de cor branca escura, e estava no topo da montanha, de forma que era rondado por nuvens. Era também envolvo por uma enorme bolha, como o espantalho havia dito. Tânia estava ali, na sacada de um dos quartos do palácio, como se já os esperasse.

Os macacos voadores pousaram delicadamente o garotinho e sua cachorra. Ernesto agradeceu e fez uma reverência, e eles foram embora, voando e rapidamente desaparecendo das vistas.

— Senhorita Tânia! – Ele sorriu, se virando para olhar para ela.

— Olá, meu bom menino. Como está sendo a sua jornada?

— Muito legal, senhorita Tânia. Mas eu vim para cá porque preciso muito, muito mesmo voltar para casa, e o espantalho disse que você pode fazer isso.

O sol se punha, e o céu tomava um lindo aspecto alaranjado.

— Meu querido, o que você aprendeu até aqui?

— Como assim?

— Durante toda a sua jornada aqui, na terra de Oz. Quais têm sido suas aventuras e aprendizados?

— Bom... – Ernesto pensou em como começar – Sabe, dona Tânia, têm sido muito divertido e especial. Quando eu acordei aqui, em Oz, senti um pouco de medo, mas imediatamente deixei de sentir quando percebi que essa terra e mágica e encantadora.

— É um lugar muito lindo e especial, não é?

— Sim! E quando eu saí para ir até a cidade das esmeraldas e durante o caminho conheci a árvore das folhas douradas...

— O que tem ela?

— Ela me ensinou uma coisa muito importante, que meus pais também já haviam me ensinado. Ela me ensinou a sempre respeitar os limites e o espaço pessoal das outras pessoas, e a nunca tomar a frente sem antes pedir autorização. Eu havia tentado arrancar sua folha e frutos e ela se sentiu magoada, e então eu percebi que jamais devemos fazer absolutamente nada que sabemos que pode machucar as outras pessoas.

Tânia sorria com ternura.

— Depois disso, eu pedi desculpas, e ela me deixou pegar dois frutos e uma folha, porque também me desculpou. Eu entendi que uma boa conversa sempre pode nos ajudar a resolver um problema, seja ele grande ou pequeno, na maioria dos casos.

— E o que mais, Ernesto?

— Depois, quando eu conheci a Lala, entendi o valor de uma boa amizade. Durante muito tempo, ela foi uma amiga e companheira fiel e querida para mim e para a Pipoca. Ela estava sempre conversando conosco e fazendo companhia, e sempre fez de tudo para que nós estivéssemos bem. Eu entendi que uma boa amizade pode mudar muito a nossa vida, porque nos dá esperança e sabedoria para conseguir seguir em frente e enfrentar muitas das adversidades que aparecem em nosso caminho!

— Isso é verdade!

— Durante todo o meu trajeto em Oz e também quando cheguei na cidade das esmeraldas, percebi o quão lindo tudo aqui é, e entendi que precisamos aprender a enxergar mais beleza na vida, porque a vida é muito linda, apesar dos problemas que podem aparecer de vez em quando.
Ernesto sorriu, chegando na conclusão de que toda aquela aventura havia rendido muitos bons ensinamentos, e que seus pais estariam muito orgulhosos dele.

— Você mostrou que aprendeu tudo, meu querido. Agora me diga, quando você voltar para casa, vai querer fazer mais alguma coisa também? Algo além de reencontrar a sua família e dar um abraço bem apertado neles?

— Sim! Vou tentar de uma vez por todas me entender com o Charles Foster. Eu e ele não nos dávamos muito bem, mas eu acho que o mais certo é tentar ser amigo dele. Ele também é uma criança e também tem muitos sonhos e esperanças, e por que continuar gastando tempo brigando ao invés de aproveitar juntos toda a alegria?

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⏰ Última atualização: May 28 ⏰

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