A grande jornada do pequeno Ernesto na terra de Oz - Capítulo 02

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— Eu nunca saio daqui, querido. Eu sou uma árvore, aqui é o meu lugar.

— Puxa, nunca?

— Nunca.

— E não acha isso ruim?

— Mas é claro que não! Todos os dias sinto a brisa fresca em minhas folhas, ouço o cantar dos pássaros e vejo viajantes inteligentes e gentis como você. Eu gosto de estar aqui.

— Muito obrigado por seu elogio, dona árvore. Mas acho que eu e Pipoca devemos seguir viagem!

— Mas é claro, querido. Aliás, se você for com cuidado, eu deixo você pegar duas maçãs e uma folha, para mostrar para a sua mãe.

— Poxa, muito obrigado, dona árvore!

(...)

Os viajantes seguiram com sua aventura, e algum tempo depois, adentraram em uma floresta. Ali, era possível ouvir o barulho de muitos animaizinhos, e era um lugar muito bonito. Ouviu-se um rugido leve, e de trás de uma árvore, apareceu uma linda leoa filhote.

— Oi, quem são vocês? – Ela parecia um pouco tímida.

— Uau, você fala?

— Mas é claro que sim, por que?

— De onde eu venho, os animais não sabem falar.

— É sério? Isso é muito estranho, aqui em Oz, todos os animais sabem falar.

A leoa se aproximou devagar e com um pouco de receio.

— Eu sou Lala, você quer ser meu amigo?

— É um prazer, Lala. Você é mesmo uma leoa?

— Meus pais dizem que eu ainda sou um bebê, mas que um dia vou ser uma leoa sim. Uma leoa muito linda e esperta.

— Meu nome é Ernesto, Lala. É um prazer. E essa é a minha cachorrinha, Pipoca. Bom, quer dizer, ela não é exatamente minha, ela é dos Foster, mas quando eu voltar para casa, vou pedir para ficar com ela.

— Você fala coisas tão confusas! — Lala sorriu – Mas de onde você vem? Aliás, é um prazer, Pipoca. Você é muito linda.

Pipoca latiu em resposta. Ela não estava assustada com a presença da leoa ali, e nem mesmo Ernesto estava. Ela não era má, e isso era claro.

— Bom, eu sou do Kansas. Teve um tornado e eu procurei abrigo com a Pipoca em uma casinha abandonada, aí acabei dormindo e acordando no país dos anões, onde a bruxa Tânia me disse para ir até a cidade das esmeraldas encontrar o espantalho.

— Kansas? Uau! — Ela deu um pequeno salto de animação.

— Sim! Por que, você conhece?

— Não, mas é de lá que vem a Dorothy! Você é filho dela?

— De novo isso? Já é a terceira vez que me fazem essa pergunta aqui. Eu sou filho da minha mamãe. Quem é essa senhorita Dorothy?

— Oh, como assim você não conhece a história dela? – A pequena leoa se aproximou mais – Bom, há muitos e muitos anos atrás, uma garotinha chamada Dorothy também veio parar aqui, do Kansas. Ela nos salvou da bruxa má do leste e da bruxa má do Oeste. Eu nem era nascida na época, mas todos em Oz conhecem a grande história da heroína Dorothy.

— Espera, então o nome da garota das histórias que a mamãe conta é Dorothy?

— Como assim?

— Todas as noites, a mamãe me conta as histórias de Oz, e ela sempre falou sobre a garota que derrotou as bruxas más e viveu uma grande aventura aqui em Oz. Mas eu não sabia que o nome dela é Dorothy.

A grande jornada do pequeno Ernesto na terra de Oz Onde histórias criam vida. Descubra agora