Sobre Muitas Coisas • Minsung

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- prólogo -

A cafeteria, envolta em uma névoa de nostalgia, era um refúgio contra o inverno que dominava a cidade. O aroma de café fresco misturava-se ao murmúrio das conversas, criando um ambiente de tranquilidade melancólica.

Minho ocupava sempre o mesmo canto, onde o tempo parecia suspenso. Seus dedos hesitantes tocavam o teclado do notebook, enquanto seus olhos vazios fitavam a tela. A inspiração, outrora uma chama vibrante, agora não passava de um vestígio pálido. Ele era um escritor à deriva, perdido em um mar de melancolia.

Jisung, do outro lado do balcão, observava em silêncio. Havia algo no homem carrancudo que o fascinava, uma tristeza profunda que ressoava com suas próprias inquietações. A dor silenciosa no olhar de Minho falava de batalhas internas e de uma alma que ansiava por redenção.

Naquela noite fria, um momento casual quebrou a rotina. Um olhar mais demorado, um sorriso tímido, e algo começou a mudar. Minho, envolto em seu vazio, e Jisung, movido por uma curiosidade ardente, encontrariam no outro uma centelha de felicidade.

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