Começo a narrar desde o momento de meu nascimento ou pelo menos desde o momento que consigo lembrar de algo. Acredito, sem fé alguma, que desde os meus não tão belos quatro anos. Podemos me chamar de Jane ou Janice, como o caro leitor achar melhor. Ele é apenas um nome fictício, espero que o leitor saiba disso. Essa história começa com quatro pessoas em uma sala de estar, um delas grávida — minha mãe. Segundo relatos de familiares próximos foi um dia tempestuoso e extremamente conturbado. Gritos e falas que poderiam ser ouvidos a milhares de quilômetros de distância. Pasmem, mas eu estava ali dentro da barriga de minha mãe e alegro-me só de pensar que não estava fora dela para ouvir tudo isso.
Depois de meses — nove, para ser exata — eu nasci. Em uma maternidade perto da cidade onde meus pais moravam, eu nasci. Extremamente razoável e sem cor, pálida e quase sem cabelos. Provavelmente mais um bebê normal, diria você. Porém, entretanto e todavia, caro leitor, eu era o fruto de um "pecado" dentro de princípios cristãos ortodoxos. Logo, como eu seria recebida? Provavelmente minha família não era tão ortodoxa quanto parecia ser, estava mais para uma espécie de familiares babões. O que para mim foi incrível, acredito cegamente nesta afirmação.
Aos meus quatro anos, quando finalmente pude ter um norte de algo, os problemas começaram a ser expostos para mim. Conseguia ver claramente todos os problemas que acabavam por emergir de uma trágica história de amor. Seria isso, de fato, amor?
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The Love Story Not Is My
RomansQuando cresci, durante toda minha adolescência sempre me disseram que a relação dos meus pais reflete diretamente na forma como eu me relaciono com meus futuros interesses amorosos. Sempre acreditei fielmente nisso. E cá estou eu, pronta pra contar...